Segundo os economistas, 2015 aponta para uma alta do PIB brasileiro de 0,5% sobre o ano anterior. Para 2014, há estimativas de que, após fechadas as contas, sua expansão não ultrapasse 0,2% sobre o ano anterior. Enquanto isso, o mercado de seguros novamente supera as taxas do crescimento econômico brasileiro, contribuindo com aproximadamente 6% do Produto Interno Bruto - PIB. Algo como aproximadamente 50% da movimentação econômica de São Paulo.
As projeções da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) apontam que o mercado de seguros deve crescer ainda mais em 2015, ampliando-se cerca de 12,4% sobre 2014. A análise (ainda não concluída) do mercado de seguros de benefícios, abrange Seguros de Pessoas, Capitalização, Previdência Complementar e Saúde, corroboram estes resultados.
No acumulado de janeiro a novembro de 2014, o segmento de Pessoas acumulou R$ 24,8 bilhões em prêmios, com alta de 6,02% sobre o mesmo intervalo de 2013. A expectativa da CNseg para 2015 é de que o segmento cresça 8,10%. Os grandes destaques ficaram para os ramos de Viagem com 45,18% - Dotal Misto com 20,95% e Doenças Graves ou Terminal com 17,54%. Os piores resultados foram atribuídos ao Seguro Educacional, com retração de 12,21% e o ramo de Auxílio Funeral, que registra queda de 13,31%.
O ramo de Acidentes Pessoais cresceu 3,86%, Vida 1,34%, PCHV 6,57%, Prestamista 9,25%, Dotal Puro 2,75%, Eventos Aleatórios 8,25% e o Microsseguro em sua primeira medida, contabiliza R$ 77,7 milhões em prêmios. Os planos abertos de Previdência Complementar, no mesmo intervalo (acumulado de janeiro a novembro de 2014), as contribuições somaram R$ 72,4 bilhões, apontando para uma alta de 11,13% sobre os R$ 64,2 bilhões dos primeiros onze meses de 2013. A estimativa para o mercado de Previdência Complementar, para o ano de 2015, é de crescimento de 10,5%.
Considerando o mesmo período anterior na medição por modalidade, as contribuições para Planos Individuais totalizaram R$ 63,4 bilhões, com elevação de 10,05% sobre o mesmo período de 2013. No caso dos Planos para Menores, o crescimento foi de 11,49%, com R$ 1,7 bilhão acumulado entre janeiro e novembro de 2014. Os Planos Empresariais receberam R$ 7,3 bilhões no período de janeiro a novembro de 2014, com 21,34% de crescimento sobre 2013.
O segmento de Capitalização projeta R$ 18,01 bilhões para 2014, indicando elevação de 5,10% sobre o ano anterior e projetando 8,00% de crescimento para o ano de 2015.
A Saúde Sumplementar aponta para o crescimento de 15,80% em 2014 em relação à 2013, com volume de R$ 60,86 bilhões em arrecadações. Em 2015 espera-se crescimento de 17,50% sobre esse montante. Em conjunto, os quatro segmentos devem arrecadar R$ 165,57 bilhões em 2014. Iso implica em 11,20% do crescimento sobre 2013, projetando, ainda, 12,40% de elevação para 2015.
A CNseg, por meio de seu presidente (Marco Antonio Rossi), embora trabalhe com um cenário conservador para a movimentação do PIB em 2015, acredita que o mercado de seguros continue mantendo sua trajetória de crescimento na casa de dois dígitos.
Afinal, em cenário de baixo crescimento econômico, uma das saídas é incrementar a criativdade, conter despesas, melhorar a eficiência e buscar novos segmentos que possam ser foco de atividades para exploração de seguros. E isso o mercado tem mostrado, repetidamente, que sabe fazer muito bem.