Agendamento será integrado a sistema informatizado, que
permite marcação de consultas nas unidades básicas do
SUS
O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (6), mudanças
para a marcação de consultas no Instituto Nacional de Traumatologia
e Ortopedia Jamil Haddad (Into). A partir de agora, o agendamento
das consultas será feito por sistema informatizado disponível em
todas as unidades de saúde do Rio de Janeiro - SISREG. Pacientes
que moram na capital fluminense poderão procurar qualquer unidade
básica de saúde para marcar a consulta diretamente. Já os que vivem
em outros municípios buscarão a unidade básica de saúde em que são
acompanhados. A unidade agendará o atendimento em hospital
especializado em traumato-ortopedia.
As medidas foram definidas em reunião realizada hoje, em
Brasília, entre o ministro da Saúde, Alexandre Padilha; o
secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes; e o
secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Hans Dohmann.
“Mudamos este sistema arcaico porque queremos que as pessoas
consigam marcar a consulta que precisam fazer na unidade básica de
saúde em que são acompanhadas. Em cada caso, será definido qual o
melhor hospital para garantir o tratamento necessário àquele
paciente”, explicou o ministro Alexandre Padilha.
Além de modificar a lógica de acesso de novos pacientes aos
serviços especializados, com agendamento direto em qualquer unidade
básica de saúde, o Ministério da Saúde, em parceria com a
Secretaria Estadual de Saúde, criou de um sistema de busca ativa
dos pacientes que já passaram pela consulta de triagem no Into: 50
atendentes telefonarão para estas pessoas e agendarão o próximo
atendimento no hospital federal, sem necessidade de que qualquer
paciente vá diretamente ao Into.
O ministro Alexandre Padilha defendeu que a população precisa
ter conforto para marcar exames, consultas e cirurgias nas unidades
de saúde próximas de sua residência, onde o paciente já é
acompanhado. “A partir de agora, o Into estará integrado a um
sistema informatizado de marcação de consultas, implantado no Rio
de Janeiro desde 2011”, afirmou. “Desde o ano passado, o Ministério
da Saúde tem atuado em um esforço permanente para buscar reduzir as
filas de espera por exames especializados e cirurgias”, completou o
ministro.
MAIS CIRURGIAS – Além das mudanças no agendamento de consultas,
o Ministério da Saúde anunciou um conjunto de ações para ampliar em
11.600 cirurgias a capacidade de atendimento no Into e em hospitais
estaduais do Rio de Janeiro e, com isso, reduzir o tempo de espera
dos pacientes por consultas e cirurgias ortopédicas.
Foi definida a ampliação do funcionamento do hospital nos fins
de semana. Neste sábado, serão cinco centros cirúrgicos em
funcionamento; a partir do próximo sábado, passarão a ser dez.
Somada à ampliação que ocorrerá no quadro de médicos do instituto,
a medida garantirá o incremento de 5.600 cirurgias por ano.
Outra ação é a parceria com o estado do Rio de Janeiro para a
realização de 500 cirurgias ortopédicas por mês nos hospitais
Estadual de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu (100), Ulysses
Guimarães (250) e São Francisco de Assis (150), totalizando 11.600
cirurgias a mais por ano.
BALANÇO – De janeiro até o mês passado, o Into realizou quase
sete mil cirurgias - 22% a mais que no mesmo período de 2011 - e
180 mil consultas - 74% a mais que em 2010, quando foram
contabilizadas 103.399 consultas.
Além do instituto federal, os hospitais estaduais realizaram
16.700 cirurgias ortopédicas no estado do Rio - 5% maior que em
2011 e quase sete vezes maior do que a quantidade de procedimentos
deste tipo realizados em 2006 (2.520).
CIRURGIAS – Para reduzir o tempo de espera nas filas do SUS e
ampliar o número de cirurgias de ortopedia, entre outros
procedimentos, o estado do Rio de Janeiro recebeu R$ 33,5 milhões,
259% a mais que em 2011, quando foram liberados R$ 9,3 milhões. A
estratégia faz parte da Política Nacional de acesso aos
Procedimentos Cirúrgicos Eletivos.
Do total do recurso de 2012 (R$ 33,5 milhões) para realização
das cirurgias, R$ 16,7 milhões são especificamente para cirurgias
ortopédicas, tratamento de varizes, atendimento nas áreas de
urologia e otorrinolaringologia, incluindo retirada de amígdalas.
Outros R$ 16,7 milhões atenderão as demandas apresentadas pelos
gestores estaduais, conforme a necessidade do estado.
Até o final do ano devem ser realizadas 31 mil cirurgias
ortopédicas no Rio de Janeiro. No primeiro semestre de 2012, foram
feitas 15.686 intervenções através do SUS. Em 2011 este número foi
de 30.594, 222% a mais que em 2010, ano que registrou 9.506
cirurgias. Os investimentos também cresceram: R$ 8,4 milhões e R$
5,9 milhões, respectivamente.