Estudo da Universidade de
São Paulo analisou 782 processos em São Paulo, 35,95% das ações
movidas por pacientes que não conseguiram realizar um procedimento
requeriam o tratamento mais moderno de quimioterapia, à base de
comprimidos, que pode ser feito em casa
Pesquisa da Universidade de São Paulo mostra que, na maioria dos
processos movidos por consumidores contra planos de saúde, a
decisão é favorável ao paciente. A recusa de cobertura das
operadoras costuma acontecer na hora em que mais se precisa de
tratamento. O resultado é a insatisfação dos consumidores, que cada
vez mais recorrem à Justiça. As informações são do portal G1.
Segundo o estudo, que analisou 782 processos em São Paulo,
35,95% das ações movidas por pacientes que não conseguiram realizar
um procedimento requeriam o tratamento mais moderno de
quimioterapia, à base de comprimidos, que pode ser feito em
casa.
Os planos de saúde alegam que não fornecem remédios para uso
domiciliar. Stents para o coração e próteses ortopédicas
representam 40% dos materiais negados nos processos. A maioria dos
contratos feitos antes de 1998 exclui estes itens. Apesar dos
argumentos dos planos, 88% das decisões foram favoráveis ao
usuário.
No Rio de Janeiro, as queixas também aumentaram. Um dos serviços
mais procurados pelos consumidores, a Defensoria Pública, registrou
que em três anos as reclamações contra planos de saúde passaram de
40% para 99% do total de casos que chegam ao plantão de urgência.
São pacientes que buscam uma decisão rápida da Justiça.
De acordo com a publicação, a
federação nacional de Saúde Suplementar, que reúne 15 das maiores
operadoras de saúde no país, informa que não teve acesso ao
resultado e à metodologia aplicada na pesquisa realizada pela USP e
afirma que a maioria das dúvidas que chega à Justiça se refere aos
contratos assinados antes de janeiro de 1999, quando entrou em
vigor a lei que padroniza a cobertura dos planos.