De nome difícil,
o phishing é uma das estratégias ilegais mais utilizadas e um
dos melhores negócios para os cibercriminosos. O funcionamento
do phishing é simples: os hackers criam emails, links e
páginas da web desenhadas especificamente para se passarem por
fontes seguras para então roubar dados dos usuários.
A rede social Facebook é um bom
exemplo disso. Nos últimos anos, os hackers passaram a
explorar a popularidade da rede social e o medo dos usuários
de perderem suas informações, roubando dados pessoais com supostas
mensagens de amigos e solicitações de troca de senha, ou ainda
mensagens que fingem ser do Facebook, mas que não são.
Durante o primeiro trimestre de
2015, os produtos da Kaspersky Lab, empresa da área de segurança,
registraram mais de 50 milhões de detecções pelo sistema
antiphishing, o que revela um aumento de um milhão em comparação ao
último trimestre de 2014, de acordo com o Relatório de Spam e
Phishing do primeiro semestre. Geograficamente, o Brasil
continua a ser o líder em volume de usuários atacados: embora tenha
diminuído 2,74% no primeiro trimestre, os brasileiros continuam
sendo as vítimas preferidas e representam 18,28% dos ataques no
índice mundial.
Quanto aos setores de atividade, a
categoria Portais Internacionais da Internet ocupa o primeiro lugar
com 25,66% dos ataques dirigidos. Bancos (18,98%) estão em segundo
lugar, seguidos de Lojas Online (9,68%), que aumentou 2,78% em
número de ataques. Provedores de Telefonia e Internet, Mensagens
Instantâneas, Jogos Online, Empresas de TI, Organizações Estatais,
Empresas de Logística e Meios de Comunicação em Massa são alguns
dos setores mais afetados.
Redes sociais merecem menção
especial, já que no primeiro trimestre de 2015 foram vítimas de
hackers de phishing 17,35% das vezes, logo após os bancos. O pódio
das organizações neste setor mantém-se inalterado em relação ao
trimestre anterior. Facebook (10,97%), Google (8,11%) e Yahoo!
(5,21%) são as três plataformas mais utilizadas nos ataques.
Segundo a Kaspersky
Lab, o usuário deve suspeitar de qualquer site que solicite
informações pessoais. Veja outras dicas de como se
proteger:
Reprodução
Procure sinais
de falsificação nos emails, como remetentes com e-mails
estranhos
1. Nunca responda uma
solicitação de dados pessoais através de um email.
2. Insira suas informações
pessoais apenas em páginas web seguras. Um site seguro é
aquele que começa com "https://" e mostra o ícone de um cadeado no
canto inferior direito do seu navegador. Clique no ícone para
exibir o certificado de segurança da página e verifique se o mesmo
foi emitido para o site do Facebook.
3. Procure sinais de falsificação
nos emails, onde são solicitadas informações pessoais. Erros
ortográficos são um sinal importante. Se o link para o site que
pede a sua informação pessoal redirecionar para uma página
diferente do que o esperado, é um claro sinal de um ataque de
phishing.
4. Não clique em links que peçam
seus dados pessoais. É melhor que vá diretamente para o site
digitando o URL na barra do navegador.
5. Certifique-se de que seu
navegador, seu antivírus e todos os programas do seu computador
estejam sempre atualizados com as versões mais recentes que incluem
pacotes de segurança. Certifique que seu antivírus disponha de
proteção contra os ataques de phishing.
6. Informe imediatamente seu banco
ou sua plataforma de rede social sobre qualquer mensagem suspeita,
especialmente se houve solicitação de dados pessoais ou
financeiros.
7. Ative a autenticação de dois
fatores em seu perfil, assim você precisará informar um código
extra recebido por SMS ou gerado no aplicativo do Facebook em seu
celular quando for logar na sua conta. Isso dificulta bastante um
roubo de contas pois sem o código não será possível acessar seu
perfil.
Usuários de dispositivos móveis
devem ficar mais atentos, já que essas ameaças são muito comuns
também em smartphones e tablets. No entanto, ao contrário do PC,
dispositivos móveis muitas vezes usam navegadores que se escondem
na barra de endereços, por isso vai ser muito mais difícil para os
usuários móveis identificarem esquemas de phishing nessas
plataformas.