Hoje dou início a uma série
sobre o “Direito à saúde” garantido a todos os cidadãos brasileiros
e residentes no país. Explicitamente nos artigos 196 a 200 da nossa
Constituição Federal e, sobre o setor privado vamos conversar sobre
a aplicação do CDC (Código de Defesa do Consumidor) nos contratos
dos convênios/planos de saúde e suas assistências.
Bom... Estou internado há 2 anos. Sendo um ano e meio em
regime de home care, graças ao benefício de ter um convênio médico
particular pago pelo meu empregador – depois explico os
detalhes.
Mas o que significa “home care”?
Esse termo é “made in States”, de origem a palavrinha “home”
significa “lar”, e a palavra “care” traduz-se por “cuidados”. Ou
seja, essa expressão linda de viver é designada literalmente como
“cuidados no lar”.
Sou um paciente crônico e segundo meus laudos tenho risco
iminente de óbito. Devido aos meus CID’s, sigla pra Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a
Saúde... Demando de cuidados médicos integralmente. Recebo
medicações que exigem monitoramente 24 horas, dependo de uma equipe
multidisciplinar como médico plantonista, enfermeiros padrão,
técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, psicóloga, nutricionista,
terapeuta ocupacional, fonoaudióloga etc pra garantirem minha
estabilidade ou qualidade de vida diária. Tenho muitos requisitos
que por si só me garantem uma “atenção” especial – por mais que eu
deteste essa palavrinha.
Nesses últimos 2 anos tenho me desgastado emocionalmente,
fisicamente, psicologicamente em ter que provar que estou doente e
necessito de tratamento. Desde o início crucial da minha atual
condição, estou sendo amparado pelo poder do Ministério Público
que, têm defendido e lutado bravamente pela garantia ao meu
tratamento expressa em cada artigo da Constituição Federal, do
Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto da Pessoa com
Deficiência etc.
O motivo?
O convênio médico se recusa a cumprir o acordo assinado em
contrato. Meu empregador tenta isentar-se da responsabilidade em
garantir o cumprimento de tais acordos etc... Tenho vivido uma
confusão, um jogo de empurra-empurra. A sensação é que minha vida é
vista como uma bolinha de tênis que leva “pancada” de um lado sendo
lançada pra o outro lado da quadra e, quando chega do outro leva
outra “pancada” sendo devolvida pra o lado oposto... e assim
sucessivamente.
Na última semana passei um enorme “perrengue” – mais um dos –
que precisei recorrer novamente ao Ministério Público clamando
intervenção em meu favor. Afinal, fui ameaçado pela fornecedora do
home care em ter meu tratamento interrompido até o final do ultimo
dia 09, ou seja, tudo relacionado à prestação do serviço de home
care estava prestes a sair de minha residência, por exemplo, meus
oxigenadores os quais não consigo respirar sem, funcionários que
cuidam da minha saúde, minhas medicações e demais aparelhos
alugados pra manutenção da minha vida.
A audácia supostamente “impune” foi tão grande por parte do
prestador de serviço que, não bastou ameaçar, mas coagiu e
desestabilizou completamente minha mãe sendo minha tutora
legalmente falando. Tanto a fonte pagadora quanto a
fornecedora do home care, ignoraram acordos judiciais realizados
meses atrás dentro do gabinete do promotor responsável pelo meu
caso – faço questão de falar em outra postagem sobre a eficácia e
altruísmo desse agente de Direito quanto a minha defesa... Mas
enfim...
A postagem de hoje tem o objetivo de pedir sua contribuição
pra o desenvolvimento dessa série sobre “Direito a saúde”, pública
ou privada. Se você é paciente ou conhece algum que necessita de
atendimento, prioridade no que tange o assunto, mas que estão
enfrentando uma barra devido à falta de informações legais a
respeito de seus direitos, por gentileza, entre em contato comigo e
conte-me sua história... Quem sabe o que passei, aliás, tenho
passado, não sirva de exemplo pra solução do seu
problema.
Ciente de sua história e de posse do meu histórico médico e
judicial (risos) ficará bem mais fácil conduzir esse papo com
objetividade, funcionalidade e eficácia sem rodeios
desnecessários.
A partir da próxima quinta-feira inicio a narrativa da
jornada legal que, tem me garantido mais dias de vida através da
competência e poder do Estado através do Ministério Público e seus
agentes.
Meu e-mail
é: [email protected]