Saúde: pesquisa
destaca que 44,8% dos entrevistados sem plano de saúde disseram
utilizar o SUS (megaflopp/Thinkstock)
Pesquisa feita pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 69,7% dos brasileiros não
possuem plano
de saúde particular – seja individual ou
empresarial.
Segundo o levantamento, divulgado hoje
(21), esse percentual é ainda maior entre as pessoas das classes C,
D e E, atingindo 77%.
A pesquisa destaca que 44,8% dos
entrevistados sem plano de saúde disseram utilizar o Sistema Único
de Saúde (SUS) principalmente os entrevistados das classes C, D e E
(51,4%) quando precisam de atendimento. O restante afirmou que arca
com para pagar pelos serviços
necessários.
Segundo o levantamento, 38,5% dos
entrevistados sem plano de saúde não souberam precisar com que
frequência utilizam a rede pública de saúde. Eles manifestaram
insatisfação em relação ao SUS, sobretudo quanto à demora no tempo
de atendimento.
Entre os entrevistados que possuem um
plano de saúde privado, o preço acessível foi o fator de decisão
mais citado para definição do convênio (42,5%), seguido pela
qualidade da rede credenciada (33,3%) e pela recomendação de outras
pessoas (22,3%).
Segundo a pesquisa, R$ 439,54 é o
valor mensal médio que o brasileiro paga pelo plano de saúde. Dos
que têm convênio privado, 42,2% disseram pagar do próprio bolso na
situação de o plano de saúde não cobrir totalmente ou parcialmente
as despesas necessárias. O levantamento mostra ainda que 97,1% dos
beneficiários de planos de saúde estão com o pagamento das
mensalidades em dia; e 69,1% dizem serem bem ou muito bem atendidos
pelos seus planos de saúde particular.
“Os dados mostram que o plano de saúde
é considerado uma prioridade para grande parte de seus usuários. É
um serviço de primeira necessidade, relacionado aos cuidados de um
bem maior, que é a vida. É tanto que a taxa de inadimplência
declarada é baixíssima”, afirma Marcela Kawauti, economista-chefe
do SPC Brasil.
A pesquisa foi feita com consumidores
das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou
maior a 18 anos, de todas as classes econômicas. Foram feitas 1,5
mil entrevistas, de 15 a 26 de setembro de de 2017, com uma margem
de erro de 2,5 pontos percentuais.