O seguro tem muito a contribuir para a
retomada do crescimento brasileiro. É o que defendeu o
presidente da CNseg, Marcio Coriolano, na abertura da 8ª CONSEGURO,
na manhã dessa terça-feira, dia 19, no Rio de Janeiro. A cerimônia
de abertura contou com a participação de diversas autoridades como
o ministro das Cidades, Bruno Araújo, o secretário Executivo do
Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, e o ministro da Saúde,
Ricardo Barros.
Coriolano disse que a Conseguro
acontece em um momento importante em que é preciso refletir sobre a
recessão enfrentada pelo país e o desempenho do setor segurador. “É
preciso pensar quais os grandes fundamentos que fez o setor
responder às necessidades da sociedade e quem é esse cidadão que
continuou a comprar produtos de seguros”, disse. Ele afirmou que o
país está estabilizando suas taxas com crescimento no nível de
confiança.
Durante a abertura o secretário
Executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, disse haver um
alinhamento de interesses entre as ações do Ministério da Fazenda,
do Governo e do setor de seguros. Ele destacou que as provisões
técnicas do setor registraram aumento.
“Existe um alinhamento de interesses
muito grande entre as ações do Ministério da Fazenda, o Governo e o
setor de seguros”, disse. Segundo ele, há excesso de regulação
em todas as áreas. É preciso tirar o excesso e estamos alinhados
com essa agenda”, afirmou. Ele destacou que há um diálogo aberto
com a Susep e também com outros representantes do setor.
Já para o ministro das Cidades, Bruno
Araújo, ele considera o seguro garantia com um
futuro promissor.. Por isso, inclusive, já organizaram um
grupo de trabalho para tratar da viabilidade da utilização do
seguro em todas as obras do Ministério das Cidades. Segundo ele, o
seguro começaria com o programa Minha Casa, Minha Vida e se
estenderia pelas obras de saneamento, contenção de encostas e
demais obras.
Também presente à abertura, o ministro
da Saúde, Ricardo Barros, falou dos desafios da pasta. O ministro
disse ser fundamental o debate sobre planos acessíveis. Ele afirmou
também ser preciso resolver a contradição entre universalidade e
integralidade na saúde pública, que conta com investidores (a
sociedade) com limitada capacidade de financiamento.
O vice-governador do Estado do Rio de
Janeiro, Francisco Dornelles, também participou da abertura e disse
que há um longo caminho para o mercado de seguros brasileiro quando
comparado a outros mercados como o europeu, mas afirmou que sem o
apoio do setor de seguros a recessão teria afetado ainda mais o
país.
A presidente da FenaSaúde, Solange
Beatriz, também considera importante o momento atual do Brasil.
Para ela há a retomada do crescimento e o mercado segurador apoia
isso. “No setor de saúde há pequenos acréscimos no plano coletivo
empresarial”, analisa. Para ela os três dias de evento serão
importantes pois as discussões podem trazer uma contribuição para o
mercado e uma participação efetiva para o país.
Estiveram também presentes à mesa de
abertura da 8ª CONSEGURO o presidente da FenaPrevi, Edson Franco; o
presidente da FenSeg, João Franciso; o diretor da ANS, Leandro
Fonseca; o superintendente da Susep, Joaquim Mendanha; o presidente
da Fenacor, Armando Vergílio e o presidente da FenaCap, Marco
Barros.
Reforma política
O ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF), Luís Roberto Barroso, fez a palestra inaugural do
primeiro dia da 8a Conseguro. O ministro defendeu
que o país precisa “desesperadamente da reforma política”. Ele
afirmou que o sistema político brasileiro é a causa de boa parte da
corrupção do país.
Para Barroso, o sistema partidário
brasileiro hoje é a institucionalização da desonestidade, e o
grande problema da reforma política é que depende do voto das
pessoas que serão afetadas, os próprios políticos. Segundo ele, o
País está precisando de novos atores, que não tenham compromisso
com a velha ordem. “O eleitor não sabe exatamente quem ele elegeu e
muito menos o eleito sabe quem o elegeu, uma vez que 90% dos
deputados eleitos não contam com votação direta”, acrescentou.
Segundo o ministro, a reforma política
no Brasil deveria contemplar três propostas: baratear os custos das
eleições; incrementar a representatividade do parlamento para
resolver um descolamento entre a classe política e a sociedade
civil; e facilitar a formação de maioria, de relações
institucionais, em vez de relações ideológicas.
Paralelo a
8a Conseguro estão acontecendo mais cinco eventos
simultâneos que são: 11º Seminário de Controles Internos &
Compliance Auditoria e Gestão de Riscos, a 7ª Conferência de
Proteção do Consumidor de Seguros, o 11º Insurance Service Meeting,
o 5º Encontro Nacional de Atuários e o 2º Seminário de
Riscos e Oportunidades Emergentes.