O número de registro de seguros de
bicicletas triplicou de 2012 a 2014 no estado de São Paulo, segundo
o Sindicato dos Corretores do Estado de São Paulo (Sincor). Em 2010
eram 350 unidades com seguro, enquanto no ano passado chegou a 1,2
mil segurados. Em Itapetininga (SP), a tendência é que o número
continue a subir, já que por enquanto o serviço é oferecido somente
vinculado a outros como, por exemplo, seguro residencial. Mesmo
assim, quem compete ou investe em materiais caros na cidade
solicita o serviço.
De acordo com pesquisa da
Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Abraciclo), em média
são comercializadas 4,5 milhões de unidades por ano no país. Tem
para todas as idades e tamanhos. Novos modelos surgem
frequentemente devido ao avanço das tecnologias. E como a maior
parte do material é importada, o custo acaba sendo considerado
alto. “Algumas bicicletas chegam a custar o preço de dois ou três
carros populares”, afirma o dono de loja especializada Marcelo
Tokimura. No estado não há um índice da Polícia Militar sobre o
número de bicicletas furtadas.
É o caso da empresária Lilian
Ferreira, que agora não corre riscos de ficar no prejuízo. Há um
ano comprou uma bicicleta nova e investiu um pouco mais para fazer
o seguro. “Como a gente tem ouvido muitas notícias em relação a
furtos de bicicletas, e bem perto da nossa cidade, resolvi procurar
um serviço de proteção. Caso venha a acontecer estou precavida”,
diz.
O corretor de seguros Wilson Nei
Theodoro de Syllos ressalta que como o serviço ainda não é muito
conhecido, quem investe em bicicletas e depois acaba sendo furtado,
se arrepende. “As coberturas dele seriam exclusivamente para roubo
e furto da bicicleta. Seria na residência, no passeio ou
treinamento, e também no transporte dela”, explica.
Foi o que aconteceu com o ciclista
Silvio Eduardo Valesi. No início do ano teve a bicicleta que
treinava furtada. Agora está usando uma empresa, mas, segundo ele,
isso prejudica os treinos, já que o equipamento é montado sob
medida. “Faz falta, porque a bicicleta é como um terno. Vestiu,
encaixou e cria uma certa afinidade. O pessoal que disputa conhece
os equipamentos e sabe de quem é. Tem atleta de São Paulo, Sorocaba
(SP), que em só falar o nome já associamos a bicicleta que usa”,
comenta.