Mesmo em um ano com taxa de
crescimento projetada em zero e inflação de 7%, superior ao teto da
meta do IPCA, o mercado de seguros deverá manter seu faturamento no
território positivo neste ano, segundo o estudo “Carta de
Conjuntura do Setor de Seguros”, divulgado neste nesta quinta-feira
(19). O levantamento projeta uma expansão praticamente equivalente
à do ano passado. No mercado de seguros, por exemplo, a expectativa
é de que haja um aumento marginal, com a taxa passando de 8%,
alcançada no ano passado, para 9%. Nesse caso, sua receita deverá
alcançar R$ 98 bilhões.
No segmento de Previdência
(incluindo VBGL), a previsão é de que o faturamento some R$ 92
bilhões, o que, se confirmado, representará uma taxa de expansão de
11% neste ano, contra os 12% estimados em 2014. Somados os ramos de
seguros gerais, vida e previdência (com VGBL), o mercado poderá
atingir prêmios da ordem de R$ 190 bilhões, 10% de alta no ano, a
mesma apresentada em 2014.
O ramo de capitalização, que vinha
apresentado taxas de crescimento até 2014, deverá ter uma alta
bastante discreta. A previsão do estudo é de que a receita avance
5% e totalize R$ 23 bilhões. No ano anterior, a taxa foi de 4%,
pelas estimativas do estudo. O mercado de resseguros, o destaque em
termos de expansão em 2014, de quase 20%, o dobro de seguros,
continuará na dianteira em matéria de crescimento. Apesar da
desaceleração, a projeção é de que sua receita suba 13%, alcançando
6,3%.
O segmento de saúde suplementar tem
sua receita estimada em R$ 142 bilhões neste ano. Este montante
projetado representará expansão de 11% das operadoras de saúde,
dois pontos percentuais a menos da apresentada no ano passado, que
foi de 13%, com receita projetada em 128 bilhões. Toda a indústria
de seguros deve fechar o ano com receita de R$ 361,3 bilhões, alta
de 10%, contra os 11% do exercício imediatamente anterior.
Já as reservas técnicas- recursos
aplicados pelas seguradoras para saldar sinistros- devem superar a
casa de R$ 600 bilhões, colocando o mercado entre os investidores
institucionais mais robustos do mercado financeiro. Se as reservas
alcançarem os R$ 620 bilhões, fechará com taxa de crescimento de
14%, três pontos percentuais abaixo do resultado de 2014.
Segundo o estudo, apesar do ano
difícil para a economia em 2014, a taxa de crescimento do mercado
segurador foi de 10%, sobretudo pela recuperação da receita dos
produtos de acumulação (VGBL). Além da receita, o setor conseguiu
preservar sua margem de rentabilidade.