Em processo negocial na campanha
salarial dos bancários, que tem a sua data base no mês de setembro,
a direção da Caixa Econômica pretende cortar a Participação nos
Lucros e Resultados (PLR Social) e o plano de saúde dos seus
funcionários.
Os trabalhadores da Caixa Econômica Federal vêm
sofrendo, por parte do governo golpista de Michel Temer e seus
propostos à frente do banco, um ataque sistemático que visa a
privatização da empresa.
Além do processo de reestruturação
pela qual passa o banco que já colocou no olho da rua cerca de 10
mil trabalhadores, fechamento de dezenas de agências com
transferências compulsórias de funcionários, descomissionamento em
massa, etc.; as tentativas de privatizações de setores lucrativos
tais como a Lotex, seguros, a quebra do monopólio da administração
dos recursos do FGTS, e, recentemente com o edital de concurso para
a vices presidência para aqueles com perfil “técnico” (diga-se
representantes de banqueiros privados nacionais e internacionais),
a direção golpista do banco nas mesas de negociações na data base
da categoria, agora em setembro, pretende, numa
canetada, acabar com a PLR Social da categoria, conquista essa
realizada através de muita luta feita pelos funcionários da Caixa e
exclusiva em que 4% de todo o lucro do banco é distribuída
linearmente para todos os funcionários sem a perda do pagamento da
PLR da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e também liquidar
com o plano de saúde da categoria com base nas resoluções 22 e 23
da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de
Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) que
determinam que empresas estatais reduzam despesas com a assistência
à saúde dos trabalhadores e limitam a 6,5% a folha de pagamento a
participação no custeio dos planos de saúde dos funcionários pelas
empresas públicas.
Toda a ofensiva aos trabalhadores da
CEF é parte da política geral da direita golpista de liquidação dos
direitos e conquistas dos trabalhadores que tem, também, como meta
a privatização e entrega de todo o patrimônio do povo brasileiro
nas mãos de meia dúzia de parasitas capitalistas e banqueiros
nacionais e internacionais.
É necessário barrar esta ofensiva, e a
única forma para isso é levantar uma ampla mobilização que unifique
os bancários e todos trabalhadores contra o golpe e o imperialismo.
Sem barrar o golpe todos dos direitos conquistados pelos
trabalhadores estão em risco. Por isso é preciso organizar a
mobilização de toda a categoria bancária, junto com todos os
trabalhadores, colocando nas ruas uma intensa mobilização para
derrotar o golpe e a anulação de todas as suas medidas.