Álvaro Dias durante o
encontro da CNI (Foto: André Carvalho/CNI)
Resumo: O
plano de governo do candidato foi inspirado no Plano de Metas do
ex-presidente Juscelino Kubitschek e estabelece 19 grandes
objetivos a serem cumpridos durante o mandato para "refundar a
República". O documento promete crescimento médio de 5% ao ano na
economia, com simplificação de impostos, revisão do gasto público e
diminuição de juros, principalmente para pequenas empresas. Promete
ainda avanço das regiões menos desenvolvidas do país com
investimentos em infraestrutura.
Alvaro
Dias se compromete a fazer, em 2019, uma reforma política
e eleitoral que diminua o tamanho do Estado e a burocracia, além de
apoiar "todas as medidas juridicamente viáveis" contra a corrupção.
O candidato defende o Estado democrático de direito, as liberdades
individuais, de imprensa e de mercado, com interferência do governo
apenas em caso de necessidade de distribuição de renda. Promete
ainda segurança pública eficaz e sustentabilidade ambiental.
O presidenciável Cabo Daciolo
(Patriotas) no debate da TV Bandeirantes (Foto: Reprodução/TV
Bandeirantes)
Resumo: Em seu
plano de governo, denominado "Plano de Nação para a Colônia
Brasileira", Cabo
Daciolo promete "reconstruir o Brasil em bases que honrem
a Deus e tragam dignidade ao povo". A primeira página do documento
é inteira dedicada a Deus. O candidato destaca que vai investir 10%
do Produto Interno Bruto (PIB) nas Forças Armadas e aumentar o
efetivo e o salário de militares. Promete investir outros 10% do
PIB em educação e aumentar o repasse de recursos para estados e
municípios, além de aumentar o piso salarial dos educadores.
Diz ainda que vai defender os
princípios do Sistema Único de Saúde
(SUS), criar um plano de carreira para médicos da rede pública,
aumentar a quantidade de leitos de internação e unidades de terapia
intensiva e acabar com subsídios a planos de saúde privados. Cabo
Daciolo diz ainda que vai asfaltar 100% das rodovias federais e
aumentá-las, além de ampliar as hidrovias e chegar a 150 mil
quilômetros de ferrovias no país. Também promete baixar juros e
impostos e "jamais privatizar" empresas estatais estratégicas, além
colocar o Brasil "entre os países mais desenvolvidos do
planeta".
Ciro Gomes durante encontro
da Confederação Nacional da Indústria (Foto: André
Carvalho/CNI)
Resumo: O
candidato diz que vai buscar crescimento econômico de 5% ao ano e
defende o ajuste fiscal e tributário, a reforma da Previdência e a
redução das despesas com juros. Afirma que quer "tributar
proporcionalmente mais os ricos" e investir em políticas sociais.
Defende uma "retomada do protagonismo do BNDES" na concessão de
crédito, com a volta do uso da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
nos investimentos de infraestrutura. (A
TJLP foi substituída pela Taxa de Longo Prazo, a TLP, aprovada
em 2017. Enquanto a TJLP era subsidiada, a TLP é uma taxa mais
próxima às de mercado). Ciro também
promete reestatizar todos os campos de petróleo cedidos a empresas
estrangeiras, assim como a Eletrobras, caso seja privatizada. Diz
que o Banco Central terá, além da meta de inflação, uma meta para a
taxa de desemprego.
Defende a concessão de crédito
para reforma de casas para famílias de baixa renda e se compromete
a criar a Bolsa Ensino Médio, com pagamento mensal a estudantes que
aumentarem a frequência e o desempenho escolar. Na área de
segurança, diz que armar a população provocaria "um banho de
sangue" e defende a criação da Polícia de Fronteiras. Se compromete
também a recriar a Secretaria das Mulheres e criar programas para
reduzir a desigualdade de gênero, estabelecer políticas voltadas
aos afrodescendentes, à população LGBTI, a pessoas com deficiência
e aos jovens.
Eymael foi oficializado
candidato à Presidência pelo DC (Foto: Gabriela
Gonçalves/G1)
Resumo: O
candidato dividiu seu programa em 25 itens, entre os quais está o
"compromisso com a família". Nesse sentido, ele propõe uma "redução
drástica" no número de ministérios, mas diz também que vai criar o
"Ministério da Família". Na área da saúde, propõe o programa "Saúde
Inteligente", em que o foco seria na prevenção. Já entre as
propostas para a educação, lista a inclusão no ensino fundamental
da disciplina "educação moral e cívica", além do incentivo à
municipalização do ensino fundamental.
Na área econômica, Eymael promete
uma "política orientada para o desenvolvimento". Um dos itens dessa
política seria o incentivo à construção civil por meio de uma
política tributária específica, além de uma "diminuição do custo do
crédito para o setor produtivo". Ele propõe ainda uma reforma
tributária e a criação de uma "política nacional de segurança
pública".
Geraldo Alckmin durante
convenção do PSDB, em Brasília (Foto: Dida Sampaio/Estadão
Conteúdo)
Resumo: Sob o
título "Diretrizes Gerais", o programa tem 43 propostas, sendo três
com prazos determinados, como a de crescer 50 pontos em 8 anos no
Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). As outras
duas são "garantir que todas as crianças estejam plenamente
alfabetizadas até 2027" e "eliminar o déficit público em dois
anos". Outra proposta é reduzir a taxa de homicídios para, pelo
menos, 20/100 mil habitantes. Geraldo
Alckmin propõe ainda fazer uma reforma política e o voto
distrital para reduzir o número de partidos, reduzir o número de
ministérios, privatizar empresas estatais, criar um sistema único
de aposentadoria e incrementar o programa Bolsa Família,
"aumentando os benefícios para os mais necessitados".
Há ainda o compromisso de
"simplificar o sistema tributário pela substituição de cinco
impostos e contribuições por um único tributo: o Imposto sobre
Valor Agregado (IVA)", além da criação da "Guarda Nacional" como
policía militar federal. Outra meta estabelecida é fazer com que o
comércio exterior represente 50% do PIB. O programa do candidato
cita ainda que haverá políticas voltadas para mulheres, pessoas
LGBTI, idosos, negros e indígenas.
Guilherme Boulos, candidato
do PSOL à Presidência (Foto: Gabriela Biló/Estadão
Conteúdo)
Resumo: Boulos propõe
realizar uma consulta popular sobre a revogação da regra
do teto de gastos, que limita o crescimento dos gastos federais
nos próximos 20 anos. Também pretende fazer uma revisão da Lei de
Responsabilidade Fiscal e abandonar a meta de superávit primário.
Defende um referendo sobre a manutenção da reforma trabalhista, e que as privatizações
sejam revertidas, além da "nacionalização de setores como água,
telecomunicações, e mineração". Também quer reverter a legislação
de privatização da exploração do petróleo e da Petrobras e anular
os leilões efetuados. O programa defende ainda a "redução do gasto
com a dívida pública e a utilização da taxa de câmbio de forma mais
estratégica". Propõe a ampliação do seguro-desemprego, redução da
jornada de trabalho para 40 horas semanais e aumento do valor do
Bolsa Família, com piso de um salário mínimo.
Boulos defende uma reforma
política e propõe que o Estado decida suas políticas públicas "a
partir das decisões tomadas por conselhos populares setoriais e por
conselhos populares locais", entre outras medidas. O programa tem
ainda propostas voltadas aos negros, mulheres e pessoas LGBTI, como
a destinação de 1% do PIB para o combate à violência contra a
mulher. O candidato defende a garantia da laicidade do Estado e a
legalização do aborto. Apresenta também a meta de alcançar até 2024
o percentual de 10% do PIB destinado à educação, além de propor uma
reforma agrária e a delimitação de terras indígenas. Prevê ainda a
desmilitarização das polícias e regulamentação das drogas.
O candidato à presidência da
República pelo MDB, Henrique Meirelles, no GovTech Brasil (Foto:
Aloisio Mauricio/Foto Arena/Estadão Conteúdo)
Resumo: Em seu
programa de governo, Meirelles diz
que "o Brasil precisa de um pacto de confiança para superar as
divisões políticas dos últimos anos e voltar a se desenvolver e
crescer", e que sua meta é fazer o país voltar a crescer 4% ao ano
e voltar a gerar empregos. Ele defende ainda a necessidade de
aprovação da reforma da Previdência e a tributária.
Entre as propostas está expandir
a oferta de vagas no ensino técnico e incentivar o primeiro
emprego, utilizar as novas leis trabalhistas para incentivar a
redução da diferença salarial entre homens e mulheres, terminar
obras públicas paralisadas, simplificar o processo de concessões e
acelerar processos de privatização. Meirelles promete ainda criar o
programa "Pró-Criança, oferecendo, nos moldes do Prouni, a todas as
famílias atendidas pelo Bolsa Família o direito de optar por
colocar seus filhos em creches particulares". Outra promessa é o
aumento do policiamento por meio de parcerias público-privadas,
além da reforma do sistema penitenciário nacional.
Jair Bolsonaro em convenção
estadual do partido em SP (Foto: Dario Oliveira/Estadão
Conteúdo)
Resumo: Em seu
plano de governo, Bolsonaro se
compromete a reduzir o número de ministérios e ter apenas dois
organismos na área econômica: o Banco Central e o chamado
Ministério da Economia (que concentraria as funções dos atuais
Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio).
Promete reduzir o volume da dívida pública em 20% com privatizações
e baixar a carga tributária. Diz que vai criar um modelo de
"capitalização" alternativo à Previdência tradicional, para o qual
"reformas serão necessárias". Propõe ainda a criação de uma
carteira de trabalho "verde e amarela" alternativa à já existente,
na qual os contratos individuais prevalecerão sobre a CLT – os
trabalhadores poderão escolher qual carteira usar.
Fora do campo da economia,
Bolsonaro defende que "as armas são instrumentos, objetos inertes,
que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas". Promete
que vai investir fortemente em equipamentos para a polícia, acabar
com a progressão de pena e saídas temporária para detentos,
reformular o estatuto do desarmamento, tipificar a invasão de
propriedade privada como terrorismo e reduzir a maioridade penal
para 16 anos. Na área da educação, defende conteúdo "sem
doutrinação e sexualização precoce" nas escolas e diz que vai
priorizar a educação básica e o ensino médio e técnico. Diz que vai
mudar a base nacional curricular comum "expurgando a ideologia de
Paulo Freire".
O candidato à Presidência
pelo Partido Novo, João Amôedo (Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão
Conteúdo)
Resumo: O plano de
governo de João
Amoêdo estabelece 10 diretrizes — chamadas de bandeiras
pelo partido — para o mandato de João Amoêdo. No documento,
batizado de "Mais Oportunidades, Menos Privilégios", a candidatura
fala em um "grande sonho": "Um Brasil seguro, simples e livre, onde
todos possam chegar lá". O presidenciável diz que pretende reduzir
em um terço o número de deputados e senadores e garantir o fim do
voto obrigatório e da propaganda eleitoral gratuita.
No campo econômico e fiscal,
Amoêdo promete privatizar todas as estatais e simplificar a carga
tributária. O candidato afirma que pretende priorizar a educação
básica na alocação de recursos federais. Na área da segurança, ele
fala em valorizar a carreira do policial e construir presídios em
parceria com o setor privado. Ele promete ainda "manter e melhorar
o Bolsa Família" e definir para a aposentadoria a idade mínima de
65 anos, além de criar regra de reajuste conforme a expectativa de
vida.
João Goulart Filho, candidato
a presidente pelo PPL (Foto: GloboNews/Reprodução)
Resumo: João
Goulart Filho promete, no plano de governo, "distribuir a
renda, superar a crise e desenvolver o Brasil". Entre as propostas,
está dobrar o salário mínimo real em quatro anos e levar o
investimento público a mais de R$ 100 bilhões anuais. Pretende
submeter o pré-sal a "um rigoroso controle nacional" e fazer uma
reforma tributária "que elimine impostos indiretos, taxando a renda
e a propriedade dos grandes". O plano de governo ainda estabelece
uma reforma política e eleitoral.
O candidato do PPL também diz
que vai criar 20 milhões de empregos em quatro anos. Promete criar
um Ministério da Reforma Agrária e fazer uma "reforma urbana" para
"garantir teto para os sem teto". Além disso, Goulart Filho diz que
vai "retomar a política externa independente" do governo de João
Goulart (1961-1964), mencionando acordos com países da África e
integração com a América Latina.
Lula discursa no sindicato
dos Metalúrgicos de São Bernardo sobre julgamento do triplex do
Guarujá (Foto: Leonardo Benassatto/Reuters)
Resumo: Em seu
plano de governo, Lula promete
revogar medidas como a regra
do teto de gastos, reforma trabalhista, mudanças
no marco regulatório do pré-sal e a reforma
do ensino médio. O projeto inclui ainda o plano de "conter a
privatização". Lula coloca-se contra a reforma do sistema de
aposentadorias proposta pelo atual governo, e diz que o equilíbrio
das contas da Previdência é possível "a partir da retomada da
criação de empregos, da formalização de todas as atividades
econômicas e da ampliação da capacidade de arrecadação, assim como
do combate à sonegação". Lula propõe ainda um novo estatuto do
trabalho, câmbio menos volátil, redução dos juros, ampliação do
crédito e uma reforma tributária.
O candidato propõe uma reforma
do Poder Judiciário, incluindo mudanças como o fim do
auxílio-moradia e a redução do período de férias de 60 para 30
dias. Já para a educação, algumas das promessas são criar um novo
padrão de financiamento, visando progressivamente investir 10% do
PIB na área, e promover uma nova reformulação do ensino médio. Para
a saúde, propõe a meta de chegar à proporção de investimento de 6%
do PIB e criar a Rede de Especialidades Multiprofissional (REM),
com equipes "multiprofissionais" para atendimento em diversas
regiões. O programa também promete a recriação, com status de
ministério, das pastas de Direitos Humanos, Políticas para as
Mulheres e para Promoção da Igualdade Racial, e a criação do
Programa Transcidadania, com bolsas de estudos para pessoas
travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade. São
propostos ainda o aprimoramento da política do controle de armas e
alteração da política de drogas.