Em uma análise desde a abertura do
mercado ressegurador, os números mostram que ele mais que dobrou,
de R$ 3,3 bilhões no ano de 2007 para R$ 7,8 bilhões em 2013.
Porém, a fatia do bolo foi bem mais dividida. Se antes o IRB-Brasil
RE respondia por 100% do mercado, hoje a concorrência se dá entre
as mais de resseguradoras nacionais e estrangeiras; locais,
admitidas e eventuais. O resultado é perda de lucratividade.
“Especificamente o ano de 2013 foi
muito ruim. Do volume total cedido às resseguradoras, R$ 7,8
bilhões (alta de 21,2% em relação a 2012), R$ 4,99 bilhões foram
colocados nas resseguradoras locais (crescimento de 28,6%).
OIRB-Brasil RE passou de um resultado de R$ 450 milhões para R$ 350
milhões, enquanto as locais, de um lucro líquido de R$ 106 milhões,
em 2012, amargaram um prejuízo de R$ 78 milhões”, informou Rodrigo
Lobo Botti, diretor de Finanças e Operações Terra Brasis RE,
durante a SERES 2015.
Com este resultado, a
sinistralidade chegou a 90%, superior aos 50% ou 60% na média
global. “A alta sinistralidade não foi por causa de indenizações
por catástrofes, mas sim a grande competição do mercado fazendo com
que houvesse queda nos preços”, analisou Botti.
Mas por se tratar de um mercado
jovem (seis anos desde a abertura do mercado ressegurador) em um
país que começa a se desenvolver, onde primeiramente a população
consome bens e depois demanda seguros, o potencial é eminente. “Se
o Brasil continuar a se desenvolver como se espera, há um mercado
brutal para seguros e resseguros. As resseguradoras não podem
apenas ser provedoras de capital, mas parceiras, adicionando valor
e transferência de conhecimento às seguradoras”, concluiu.
A Revista Cobertura foi parceira de
mídia do evento.