Sonegação de impostos, desconhecimento e ausência
de políticas de gestão são os principais erros apontados pelo
professor da Escola Nacional de Seguros, Gustavo Mello, na
administração de uma corretora. Este é um dos temas do curso
ministrado por ele na Funenseg.
“O
erro mais comum é sonegar imposto, e muitas vezes por puro
desconhecimento, por não saber quais são as alíquotas a pagar e
como pagá-las. Outro erro comum é não ler profundamente, não
estudar os contratos que vendem e vender apenas pelo preço. E o
terceiro é não ter política de pessoal – uma organização dentro da
corretora que proteja a carteira de cliente e evite trabalho
redobrado”. Ele afirma que a briga por preço muitas vezes acontece
porque os Corretores desconhecem as cláusulas dos
contratos.
“Muitas vezes estão comparando banana com
laranja, é o leilão por preço e isso não é bom porque quanto menor
o preço, menor o ganho do Corretor. A briga só é por preço quando
não tem argumentos por falta de conhecimento. É necessário ter
estratégia de comparar os produtos: lendo e estudando todos eles.
Quando o cliente avisar que tem algo mais barato, o Corretor vai
saber se aquilo atende ou não atende, se a cobertura é maior ou
menor. Porque ele estudou o contrato e não fica refém do preço.
Esse é o papel do Corretor sério e profissional”.
Gustavo dá mais algumas dicas importantes para
administrar bem o negócio e evitar prejuízos. “Ter um bom contador,
consultar um bom advogado tributarista para saber a parte de
impostos adequadamente, inclusive sobre repasses de comissão. Isso
vai evitar que tenha perdas grandes com a Receita Federal no
futuro. Também não pode deixar todos os clientes de uma corretora
com um único funcionário porque se esse funcionário sai, ele pode
levar os clientes com ele. Tem que ter uma política de reter o
cliente e também de reter os talentos, para evitar que o
funcionário desista de trabalhar para ele. Logo, tem que haver
plano de carreira, pesquisa salarial em outras corretoras para não
ficar abaixo do mercado, plano de treinamento de pessoal, política
de avaliação de pessoal por meritocracia e dedicação. O funcionário
tem que se sentir abraçado pela empresa”.
O
professor reforça que corretoras de qualquer cidade do Brasil podem
formar uma turma com 20 alunos e solicitar a Funenseg um
treinamento que abrange todos esses itens e outros.