Basta
acordar e já corremos risco. Levantar da cama, mexer no fogão, sair
com o carro da garagem, pegar um avião, enfim, são inúmeras tarefas
e ações do dia a dia que podem gerar algum dano. Mas como gerenciar
esses riscos?
Há no
Mercado uma profissão chamada Gerente de Riscos, com o objetivo de
diminuir a sensibilidade de algum dano. “Todos nós corremos riscos,
mas ao gerenciá-los você diminui a suscetibilidade da sua empresa
de quebrar, de falir ou de sofrer um grande problema decorrente de
um risco”, explica Gustavo Mello, Sócio da Correcta Consultoria e
Professor da Escola de Seguros.
E ter
essa atividade não é algo fácil e precisa de especialização.
“Gerenciamento de riscos é uma ciência que busca mitigar,
solucionar, dar ferramentas para evitar riscos, qualquer que seja,
como de incêndio, explosão, roubo, grandes acidentes.”
O
Mercado Segurador é apenas uma dessas soluções finais, depois do
gerenciamento passar por diversas etapas. “Primeiro há a
identificação dos riscos, a mensuração e no final o tratamento, que
pode ser tanto criar uma poupança financeira para bancar o prejuízo
de um eventual risco, como pode transferi-lo fazendo seguro, que é
o apêndice dessa história toda, a solução”, esclarecer
Mello.
E
saber usar essas ferramentas é o que diferencia os profissionais no
Mercado. “O bom gerente de risco é aquele que sabe usar a
ferramenta certa, a etapa certa, para o fenômeno que está
estudando.”
Um
Gerente de Risco pode atuar em diversas empresas e algumas áreas
são bem específicas. “O banco pode ter um gerente de riscos, que
trabalhará com riscos de carteiras de investimento, com finanças,
controles internos de banco. Já na seguradora, por exemplo, ele
analisará carteira de seguros de incêndio, de aeronáutico, como
também pode ser o risco de uma indústria química, de petróleo”,
esclarece Mello.
Para
atuar em qualquer que seja o perfil da empresa, o profissional
precisa de especializar. “Deve ser formado em direito, medicina,
administração, economia, engenharia e, depende da área que atuará,
ainda deve cursar um MBA e o mestrado, o que não é obrigado. Porém
são poucas universidades que possuem esse curso de gerenciamento de
risco.”
O
Corretor de Seguros também pode atuar nessa área, mas por si, ele
não é um gerente de riscos. “Eles podem ser consultores ou abrir
uma empresa especialista em gerenciamento de riscos, porém é
preciso que tenha formação para tanto.”
Mello
reforça que é necessário ter essa formação específica. “Há pessoas
que se autonomeiam gerente de risco, mas pode ganhar um processo do
CREA, por exemplo, ou de algum órgão de fiscalização, porque deve
ter formação, senão pode haver risco de uso indevido de algo. E
essa formação só é realmente percebida quando acontece um acidente
grave.”