De
acordo com uma matéria veiculada pelo Valor Econômico nesta
sexta-feira (26), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) reprovou a operação de venda de carteira de planos de saúde
em Aracaju, necessária para a validade de operação entre Plamed e
Hapvida. A decisão reprova o ato de concentração entre as empresas
que havia sido aprovado pelo Cade em fevereiro.
O
Cade aprovou, naquela sessão com restrições, o ato de concentração
que previa a transferência de ativos da Plamed para a Hapvida. A
autorização da operação foi condicionada à assinatura de Acordo em
Controle de Concentrações (ACC).
Na
operação, a carteira de contratos de cobertura de serviços de
assistência à saúde celebrados pela Plamed seria transferida à
Hapvida. A operação também previa a aquisição do imóvel e dos
equipamentos da Clínica São Camilo, pertencente à Plamed,
localizada em Aracaju (SE).
Segundo o portal, o Cade considerou que o negócio geraria
concentração nos mercados de planos de saúde médico-hospitalares
individuais ou familiares e coletivos empresariais em Sergipe. Por
isso a Hapvida e a Plamed assumiram uma série de compromissos
estruturais e comportamentais, estabelecidos em um acordo em
controle de concentrações (ACC). Entre as obrigações previstas
estava a alienação de carteiras de beneficiários de planos de saúde
médico-hospitalares individual ou familiar e coletivos em Aracaju.
Essa venda foi analisada pelo Cade hoje.
Para
quatro dos seis conselheiros, o comprador encontrado não atendia os
critérios do ACC. Com o descumprimento do ACC, a operação entre
Plamed e Hapvida fica reprovada. O processo será arquivado. Caso as
empresas desejem prosseguir com o negócio, deverão formalizar nova
operação, alterando os pontos que foram objeto de apontamentos pelo
Cade.
Entre os vencidos, o presidente, conselheiro Alexandre Cordeiro,
disse não considerar adequada uma intervenção tão radical do Cade
para reprovar uma operação por questões formais. O conselheiro Luis
Hoffman também ficou vencido.