A Unimed Uberaba, por exemplo,
mantém a normalidade de atendimentos a pacientes em
acompanhamento
Operadoras de planos de saúde
mantêm a regularidade
dos pagamentos dos beneficiários. A decisão visa a
manutenção dos serviços. Além disso, não houve nenhuma determinação
das agências reguladoras para que seja permitida
a flexibilização de pagamentos.
No caso da Unimed
Uberaba, a operadora precisa fazer os pagamentos para a rede
prestadora, cooperados e colaboradores para manter os serviços
funcionando. Isso porque os cuidados de urgência e emergência, bem
como os atendimentos para pacientes oncológicos, em terapia renal
substitutiva e grávidas estão sendo realizados normalmente. Também,
recebem assistência pacientes crônicos, que precisam de cuidados
imediatos.
No entanto, houve o adiamento dos
agendamentos eletivos, devido ao decreto municipal - além das
orientações dos órgãos de saúde - que determinou o fechamento
temporário das empresas comerciais. Portanto, clínicas e
consultórios atenderam à norma. Ainda segundo a Unimed Uberaba,
beneficiários continuam com os direitos adquiridos em contrato
sendo cumpridos.
A RN, que é
mantida pela Hapvida, segue as orientações da Abramge (Associação
Brasileira de Planos de Saúde) que, em nota, informa que as
mudanças no atendimento de beneficiários em inadimplência seguem as
determinações previstas em contrato e regulamentadas em lei.
Neste caso, a legislação prevê que
o contrato só pode ser rescindido pelo não-pagamento da mensalidade
por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos
últimos doze meses de vigência do contrato. Para os planos
coletivos empresariais vale o negociado em contrato, tendo em vista
as diferentes particularidades de cada empresa contratante.
A Abramge diz que é preciso garantir que haja recursos financeiros,
para custear o aumento das coberturas e garantir os investimentos
em infraestrutura, necessários para o adequado atendimento ao
beneficiário, principalmente em um momento delicado onde há aumento
da demanda, em especial as internações hospitalares.
Ainda por meio de nota, a Abramge
destaca que qualquer iniciativa ou orientação de que os pagamentos
aos planos de saúde sejam postergados, haverá a um colapso
financeiro com risco de faltar recursos para a manutenção do
atendimento ao beneficiário. “Os riscos são sistêmicos, vez que, se
a operadora não receber as contraprestações, os pagamentos aos
hospitais, clínicas e prestadores de serviços ficarão
comprometidos, e estes terão dificuldades para investir e honrar
seus débitos com fornecedores, profissionais de saúde etc”,
finaliza o texto.