A Justiça Federal condenou Luís
Henrique Barcelos Martins de Oliveira a 11 anos, um mês e 22 dias
de reclusão em regime fechado, além do ressarcimento do dano
causado à Empresa de Correios e Telégrafo (ECT) no valor de R$ 840
mil, pelos crimes de peculato e lavagem de ativos. O caso é parte
de um suposto esquema criminoso na gerência de saúde dos Correios
do Rio de Janeiro, que desviou mais de R$ 7 milhões e foi
desarticulado com a deflagração da Operação Titanium.
As informações foram divulgadas pela
Assessoria de Comunicação Social do Ministério Público Federal no
Rio.
A operação foi deflagrada em 2013 pela
Procuradoria e pela Polícia Federal, "revelando o esquema criminoso
que operou entre agosto de 2011 e abril de 2013".
A Justiça também condenou o ex-gerente
dos Correios Marcos da Silva Esteves a três anos, dez meses e 15
dias de reclusão por lavagem de dinheiro.
Esteves, em sentença de fevereiro de
2017, já havia sido condenado por peculato a 14 anos, 9 meses e 27
dias de reclusão, em regime inicial fechado, e pagamento de multa e
"ressarcimento do valor subtraído".
Segundo a Procuradoria, Luís Henrique
Barcelos Martins de Oliveira teria desviado valores dos Correios,
por meio de pagamentos ilícitos, que teriam beneficiado um
hospital, integrante da rede credenciada do plano de saúde.
Os pagamentos foram realizados através
de três notas fiscais, com datas de junho de 2011, setembro de 2011
e fevereiro de 2012, e teriam totalizado cerca de R$ 840 mil.
Luís Henrique, segundo a acusação,
"emitiu ainda notas fraudulentas que não correspondiam a serviços
prestados". A Procuradoria sustenta que ele "prometeu vantagens
indevidas" ao então gerente dos Correios Marcos da Silva.
Os réus ainda podem recorrer da
sentença.
A reportagem tenta localizar a defesa
de Luís Henrique Barcelos e a de Marcos da Silva Esteves.