O Tribunal Superior do Trabalho
(TST) decidiu, na segunda-feira (12), que os empregados dos
Correios e seus dependentes deverão pagar mensalidade para manter
os planos de saúde. Em agosto de 2019, servidores dos Correios e a
direção da estatal podem tentar um novo acordo sobre o plano de
saúde. Os sindicatos também deverão se reunir no período da tarde.
No Rio Grande do Sul, 6.542 empregados (90%) atuavam normalmente na
manhã de segunda-feira, conforme os Correios. Mas o não recebimento
de boletos, por exemplo, não dá direito ao consumidor de pagar a
conta apenas quando a fatura chega. Consumidores que deixarem de
receber contas devido à greve devem procurar alternativas para
fazer o pagamento. Elas podem ser quitadas na internet, na loja
física ou via depósito bancário. À noite, a Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares
(Fentect) divulgou nota orientando pela continuidade da greve e
convocando, para esta terça-feira (13), uma reunião com a
assessoria jurídica para discutir a decisão do TST e definir
estratégias, a partir de agora. Nas greves de 2017, o número de
pessoas que aderiram à paralisação não ultrapassou mais de um
quarto dos servidores da categoria. "Avaliamos como boa a adesão,
tanto em nível nacional quanto aqui. Estamos com 70% dos carteiros
na área de distribuição paralisados", destacou o diretor do
Sintect-RS, João Gomes. "O enxugamento da empresa está se dando por
meio de programas de demissões incentivadas, extinção de cargos,
fechamento de agências, sucateamento da frota e de maquinário,
redução da jornada de trabalho e de salários, terceirização
precária de atividades essenciais, aumento no repasse às agências
franqueadas em contrapartida ao fechamento de unidades próprias",
comenta secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nos
Correios do Paraná (Sintcom-PR), Marcos Rogério Inocêncio. A greve
se deve "às discussões sobre o custeio do plano de saúde, que
contempla, além dos empregados, dependentes e cônjuges, também pais
e mães dos titulares". A empresa cita no texto que é de
conhecimento público a "grave crise financeira" pela qual passa a
ECT, "fruto da queda expressiva do volume de correspondências e da
falta de investimentos em novos negócios". Comunidade Cultura
http://comunidadecultura.com/2018/03/18/greve-deflagrada-nesta-segunda-feira-injustificada-e-ilegal/