Maior operadora de planos de saúde do Brasil, a Amil vai voltar
ao mercado de planos individuais após ter deixado de ofertar esse
produto há cerca de quatro anos. Na contramão da maioria do
mercado, que restringe essa oferta, a empresa espera ter ao menos
15 mil clientes na nova carteira até o final do ano, com preços que
variam de R$ 126 a mais de R$ 1,1 mil.
"Sempre houve por parte da operadora um interesse em voltar a
oferecer esse produto, que representa uma fatia importante do
mercado", afirma o CEO da Amil, Sergio Ricardo Santos. A companhia,
diz ele, estudou formas de voltar ao mercado de planos individuais
nos últimos anos e se concentrou em iniciativas de redução de
custos.
Em 2013, a Amil se juntou a outras grandes do setor que vinham
abandonando os planos individuais. As maiores seguradoras do ramo,
como Porto Seguro, Bradesco Saúde e SulAmérica, já haviam tomado a
mesma decisão. A explicação: o reajuste nos planos individuais é
regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e os
custos estavam em alta.
O novo produto será ofertado pela Amil com a marca Next Access,
terá abrangência municipal e começa nas cidades de São Paulo e
Guarulhos. O valor será a partir de R$ 126,21, preço por
beneficiário em produto familiar com coparticipação. O preço mais
alto, para pessoas com idade acima de 59 anos sem coparticipação,
pode chegar a mais de R$ 1,1 mil.
Uma das estratégias que possibilitou a retomada dos planos
individuais, diz Santos, foi a mudança no modelo de remuneração dos
hospitais.
No formato tradicional, chamado de "fee for service", operadoras
pagam os hospitais por cada serviço feito ao longo do tratamento de
um paciente. Esse modelo é visto como um causador de desperdício,
já que incentiva a realização de procedimentos desnecessários.
Novos modelos, porém, buscam incluir outras variáveis na conta,
como a eficácia do tratamento, por exemplo. A Amil tem mais de 6
milhões de beneficiários de planos médicos e odontológicos no
país.