Em 2015 e 2016, teremos uma queda
acumulada de 7% no PIB. Apesar desses números extremamente
desfavoráveis, podemos dizer que, nesse segundo semestre, houve
melhora em alguns indicadores. Por exemplo, o crescimento dos
índices de confiança de diversos setores (da indústria, do
comércio, etc); a cotação do dólar comercial, que passou de um
patamar de R$ 4,00 para R$ 3,30; e a previsão de queda do PIB para
o ano de 2016, que parou de piorar nas mesmas taxas anteriores, já
sinalizando uma possível diminuição nas perdas. Para 2017, o
cenário é mais favorável. A previsão é de crescimento do PIB de 1%,
inflação de 5%, e uma elasticidade renda de seguro próximo a dois.
Ou seja, o setor de seguros cresceria, em termos reais, o dobro da
variação da economia.
Em termos nominais, o setor de
seguros (sem saúde e sem vgbl) cresceu 10% em 2014, 5% em 2015 e
uns 4% em 2016 (os números ainda não estão completamente fechados).
Separando por negócios, os seguros de pessoas terão uma evolução em
2016 um pouco melhor, quando comparados aos produtos de ramos
elementares. Para 2017, porém, esperamos recuperação no setor. A
expectativa é de uma variação nominal total de uns 8 a 9%. Com
sorte, talvez, cheguemos a uma melhora ainda maior no segundo
semestre. Já o segmento de saúde suplementar está em situação mais
confortável. Ainda em termos nominais, tal setor cresceu 16% em
2014 e 14% em 2015. Para 2016, a previsão é que isso continue.
Para o próximo ano, existe também a
expectativa de que essa melhora seja acelerada e expandida,
atingindo outros fatores, como uma queda nas taxas de desemprego,
grande preocupação atual da sociedade. Isso, naturalmente, se
reformas importantes forem feitas, em um acordo da sociedade,
levando ao aumento da confiança dos agentes como um todo. A chance
de que isso ocorra é boa.
Ou seja, em 2017, os números serão
melhores.