Nossa casa é sinônimo de proteção,
local de fazer planos e de receber aqueles que são importantes para
nós. Para alguns é templo sagrado. Para outros é espaço de criação
e inspiração. E existem aqueles que têm a casa como ambiente de
trabalho. Por que não proteger esse local que nos acolhe
diariamente?
Muitos protegem o carro, o celular,
até mesmo a bolsa, mas deixam de lado esse bem tão importante.
Acredito que a maioria associe o valor do seguro residencial com o
do automotivo e, por isso, conclui que é um produto caro. No
entanto, além de ter valor muito abaixo do seguro de automóvel, o
residencial traz excelente custo-benefício ao cliente e diversas
coberturas.
O mercado segurador, quase que em
unanimidade, acredita que o seguro automotivo é muito promissor,
com inúmeras possibilidades de exploração. A ideia é baseada no
fato do Brasil ter frota superior a 50 milhões de veículos, sendo
que apenas 30% desta é segurada. Se incontáveis cenários são
imaginados para o crescimento deste segmento já consolidado no
País, por que não exploramos o ramo de seguro residencial?
De acordo com dados de 2015
divulgados pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg),
temos quase 69 milhões de residência no Brasil, das quais apenas
13,3% possuem seguro. Logo, no comparativo com o ramo de automóvel,
temos uma quantidade muito maior de residências, para um percentual
de penetração que fica abaixo da metade do que é apresentado pelo
auto.
É esperado que o mercado de seguros
residenciais cresça 9% em 2016, segundo dados do Sindicato dos
Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP).
Entretanto, esse número ainda é simbólico frente ao cenário
existente no País. O Brasil possui um total de residências quase
38% maior do que a frota de veículos circulantes.
Enquanto o ramo de automóvel se
mostra estável na casa dos 30% e tem, ainda, a possibilidade de
crescimento com a chegada do Seguro Popular, o residencial
apresenta uma taxa bem abaixo do potencial de exploração do
produto. Ou seja, há muito mais oportunidade de negócios neste
ramo. Um dos fatores para a baixa adesão, possivelmente, é falta de
conhecimento do consumidor em relação ao produto. Por isso, é muito
importante que os corretores conheçam bem o produto e apresentem
suas vantagens aos clientes.
E é justamente no cenário de corte
de gastos que o País enfrenta atualmente, que o seguro residencial
se mostra ainda mais vantajoso, pois com ele o segurado pode
economizar em diversos serviços que contrataria de forma
particular, como dedetização e manutenções domésticas. As apólices
residenciais têm valor médio de R$ 250, o que deixa o custo entre
0,6% e 0,9% do preço do imóvel. Logo, é um produto que deve – ou
deveria – ter alto índice de penetração, já que o seguro para
automóveis exige orçamento de 3% a 5% do valor do carro.