Para que essas medidas tenham validade, precisam ser aprovadas pela
Câmara dos Deputados e Senado Federal e depois sancionadas pelo
presidente Jair Bolsonaro.
O deputado Assis Carvalho (PT-PI)
propõe adiar por mais dois meses a suspensão dos reajustes de
medicamentos, paralisada de abril a 31 de maio pela medida
provisória (MP) 933/2020.
O petista
pretende entregar o parecer à proposta nesta segunda-feira para o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-PT), pautar a
MP no plenário.
Caso aprovado o parecer, o reajuste de medicamentos seria
autorizado só a partir de 1º de agosto, informa a assessoria do
parlamentar – o Valor tentou contato com o deputado, mas
não teve retorno até a publicação desta nota.
Pela assessoria, o parlamentar
disse entender a preocupação da indústria de medicamentos com o
risco cambial com a valorização do dólar e o risco de
abastecimento, mas que a prioridade foi “manter o acesso da
população aos medicamentos, não a onerando ainda mais com aumento
de preço durante a crise provocada pela pandemia de
coronavírus”.
No parecer, ele autoriza que reajustes nos preços ocorram antes,
desde que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)
perceba risco de desabastecimento.
Para que essas medidas tenham
validade, precisam ser aprovadas pela Câmara dos Deputados e Senado
Federal e depois sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Assis foi indicado pela bancada do PT na Câmara para ser o
relator da MP 933, num sistema de rodízio entre os partidos adotado
pelo presidente Rodrigo Maia. Os pareceres e votações estão
ocorrendo direto no plenário por causa da pandemia.
Planos de saúde
O deputado também propõe suspender o reajuste nas mensalidades e
coparticipação dos planos de saúde enquanto durar o estado de
calamidade pública, em vigor desde 20 de março.
O
parecer ainda proíbe a suspensão dos atendimentos por inadimplência
e diz que o usuário continuará como beneficiário durante o período,
com prazo para renegociar as mensalidades atrasadas.