Decisão da ANS vale para
notificações de ruptura de próteses da marca francesa (PIP) e da
holandesa Rofil. No entanto, novo implante só é obrigatório para
quem havia se submetido a cirurgia de reconstrução de
mama
Mulheres com próteses de silicone rompidas poderão fazer a retirada
do implante com os custos cobertos pelos planos de saúde. A decisão
da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgada hoje
(12), vale para notificações de ruptura de próteses da marca
francesa Poly Implant Prothese (PIP) e da marca holandesa
Rofil.
Entretanto, a colocação de um novo implante só terá cobertura
dos planos de saúde para mulheres que haviam se submetido a uma
cirurgia de reconstrução da mama, indicada em casos de lesões
traumáticas ou tumores e sem finalidade estética.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que
representa as 15 maiores operadoras de planos de saúde do país,
explicou que, uma vez constatada a ruptura da prótese de silicone,
a cirurgia de retirada do implante é considerada reparadora. “As
operadoras afiliadas à FenaSaúde cumprirão rigorosamente o que está
previsto no rol da ANS e nos contratos”, informou o órgão.
Ontem (11), o diretor-presidente da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, informou que o
Sistema Único de Saúde (SUS) também fará a troca de próteses das
marcas PIP e Rofil. Serão atendidas pacientes que colocaram o
implante para reconstrução da mama ou para fins estéticos, nas
redes pública ou particular. A determinação foi feita pela
presidenta Dilma Rousseff.
A estimativa da Anvisa é que 12,5
mil brasileiras usem implantes da PIP e 7 mil da Rofil. As duas
empresas usaram silicone industrial no processo de fabricação,
substância não indicada para próteses de seio. O produto aumenta o
risco de ruptura ou vazamento do implante e pode provocar
inflamação da mama e outros problemas de saúde.