Anteriormente, o Ministério
havia informado que o atendimento estava garantido para quem
tivesse feito implante por causa de questões de saúde. A mudança
ocorreu depois de determinação da Dilma Rousseff
O Sistema Único de Saúde (SUS) irá bancar a troca de próteses de
silicone de seios que estejam rompidas de mulheres com implantes
das marcas francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa
Rofil. Serão atendidas pacientes que fizeram o implante para uma
reconstrução mamária ou por fim estético nas redes pública ou
particular.
Anteriormente, o Ministério da Saúde havia informado que o
atendimento estava garantido para as pacientes que tivessem feito
somente o implante mamário por causa de questões de saúde, como
retirada de um seio por causa de câncer. A rede pública faz
cirurgias de implantes de silicone nos seios somente para
reparação.
A mudança ocorreu depois de determinação da presidenta Dilma
Rousseff, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano.
“A partir do momento que se identifica a ruptura do
implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e
vai amparar as mulheres independentemente da origem da
prótese”, disse Barbano, após reunião com representantes dos
cirurgiões plásticos e mastologistas.
A rede pública irá financiar a retirada da prótese e também a
colocação de outra, conforme Barbano. Estima-se que 12,5 mil
brasileiras usam implantes da PIP e 7 mil da Rofil. As duas
empresas usaram silicone industrial, não indicado para próteses de
seio. O produto aumenta o risco de ruptura do implante ou vazamento
o que provoca inflamação da mama ou outros problemas de saúde.
De acordo com Barbano, 39 mulheres enviaram queixas a Anvisa de
ruptura da prótese da PIP desde abril de 2010. Elas relataram dores
e deformidade no implantes e, após exames, foi constatada a
ruptura. As usuárias, segundo o diretor, já fizeram a troca do
implante.
A Anvisa e os médicos farão um rastreamento das pacientes para
chamá-las para uma avaliação clínica. Ainda hoje, deve ser
divulgado um protocolo e uma lista de quais exames as pacientes
devem fazer e os serviços de saúde públicos a serem procurados.
A agência reguladora mantém a
posição que o implante deve ser removido somente em caso de ruptura
ou risco aparente e descarta uma retirada preventiva, como foi
recomendada pelo governo francês e a Sociedade Internacional de
Cirurgia Plástica Estética.