De acordo com balanço da Secretaria de Estado da Saúde, a cada
dois dias, em média, uma pessoa é internada por anorexia ou bulimia
nos hospitais que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no
Estado de São Paulo. Somente nos primeiros sete meses do ano, foram
97 internações devido a estes distúrbios alimentares.
Em 2012, 165 pacientes precisaram de internação e 1.220 pacientes
fizeram tratamento ambulatorial no Estado de São Paulo contra os
dois distúrbios.
Segundo a nutricionista Lara Natacci, do programa Meu Prato
Saudável, existe um consenso de que a vulnerabilidade genética
aumenta os riscos, porém pesquisas recentes apontam que também é
comum entre os pacientes, relatos de traumas ligados à alimentação.
Outro fator importante é o padrão de beleza ligado à magreza, que
tem vigorado na indústria da moda desde os anos 60.
De acordo com ela, pais e professores têm papel extremamente
importante na prevenção dos distúrbios.
Para Natacci, o grupo mais exposto ao desenvolvimento de
transtornos alimentares é o de mulheres jovens, da fase da
adolescência até o início da idade adulta. A nutricionista explica
que o trabalho preventivo pode acontecer em forma de seminários e
conversas e que o fato de se dialogar sobre os transtornos
alimentares e suas consequências na reprodução, na saúde óssea, na
nutrição, na composição corporal e na performance é comprovadamente
eficaz na prevenção.
De acordo com a nutricionista, quando se tem bulimia ou anorexia, a
rapidez da intervenção será um dos fatores determinantes do sucesso
do tratamento, pois é mais difícil reverter quadros instalados há
muito tempo.
Conheça os 12 principais indícios de distúrbios alimentares:
1) Ansiedade;
2) Fuga de situações que envolvam alimentação, como almoços entre
amigos e familiares;
3) Percepção de estar gordo, mesmo estando magro demais;
4) Resistência ao ganho ou à manutenção do peso;
5) Restrição dietética exagerada;
6) Comportamento de pesagem ou medição excessiva, várias vezes ao
dia, por exemplo;
7) Compulsão por exercícios físicos e dietas;
8) Depressão e insônia;
9) Uso excessivo do banheiro;
10) Excesso de autocrítica sobre o peso e o corpo;
11) Abuso de substâncias (álcool e outras drogas);
12) Uso descontrolado de laxantes e de diuréticos.