Os adultos devem consumir, por dia, menos de dois mil miligramas
de sódio, equivalentes a cinco gramas de sal e pelo menos 3,510
miligramas de potássio. A agência lembrou que uma pessoa com níveis
elevados de sódio no organismo e baixos índices de potássio corre o
risco de ter a pressão
Os adultos devem consumir, por dia, menos de dois mil miligramas
de sódio, equivalentes a cinco gramas de sal e pelo menos 3,510
miligramas de potássio. As novas diretrizes foram lançadas na
quinta-feira, 31 de janeiro, pela Organização Mundial da Saúde
(OMS).
A agência da ONU lembrou que uma pessoa com níveis elevados de
sódio no organismo e baixos índices de potássio corre o risco de
ter a pressão arterial alta, o que aumenta as chances de doenças
cardíacas e acidente vascular cerebral.
Segundo a OMS, o sódio é encontrado naturalmente em vários
alimentos, como leite e ovos. Cada 100 g de ovos contém 80 mg de
sódio. Comidas processadas apresentam índices muito maiores: 100 g
de pipoca ou de bacon, por exemplo, tem 1,5 mil mg de sódio. Já o
molho de soja tem sete mil mg de sódio e cubos de caldo de carne
tem 20 mil mg a cada 100 g de produto.
Em relação ao potássio, a organização destacou que comidas
processadas tem quantidades menores do mineral. Mas alimentos como
feijão, ervilhas, espinafre, repolho e bananas são ricos em
potássio.
Crianças
A organização faz um alerta: atualmente, a maioria das pessoas
consome muito sódio todos os dias e pouco potássio. O diretor de
Nutrição da OMS, Francesco Branca, ressaltou que as novas
diretrizes também trazem recomendações para crianças maiores de
dois anos. O médico frisou que jovens com a pressão arterial
elevada muitas vezes se tornam adultos com o mesmo problema.
As recomendações da OMS são uma ferramenta importante para
especialistas de saúde em todo o mundo, que trabalham no combate a
diabetes, câncer, doenças do coração e respiratórias.
Medidas
De acordo com a agência, medidas de saúde pública para reduzir o
consumo de sódio e aumentar a ingestão de alimentos ricos em
potássio podem incluir: educação dos consumidores, rotulagem de
produtos e parcerias com grandes fabricantes para diminuir a
quantidade de sal em comidas processadas.
A OMS também está atualizando as recomendações sobre a presença
de gorduras e açúcar nos alimentos, para reduzir riscos de
obesidade.