A alta de casos de dengue na cidade de Campo Grande, capital de
Mato Grosso do Sul, despertou a atenção da presidenta Dilma
Rousseff, que recebeu no Palácio do Planalto o prefeito do
município, Alcides Bernal, para tratar do assunto. De acordo com o
prefeito, o governo federal vai repassar ao município R$ 2 milhões,
em até quatro meses, para contratação de profissionais para ajudar
no atendimento à população, além de outras ações de combate à
doença. O envio de mais R$ 3 milhões está em análise pelo governo,
disse Bernal.
Por causa da dengue, a Secretaria Nacional de Defesa Civil
(Sedec) reconheceu hoje a situação de emergência em Campo Grande. A
portaria foi publicada na edição desta quinta-feira do Diário
Oficial da União e estabelece uma situação jurídica especial que
permite o atendimento às necessidades temporárias de excepcional
interesse público. A partir da homologação pelo governo municipal e
o reconhecimento da situação pelo governo federal, o município pode
obter ajuda financeira federal.
Segundo Bernal, Campo Grande já notificou 16.762 casos suspeitos
de dengue no mês de janeiro. Destes, 703 foram confirmados. Cinco
pessoas morreram, sendo em que a doença foi confirmada em dois
casos e as outras três mortes ainda estão sob investigação.
Perguntado pela presidenta Dilma Rousseff sobre o motivo do aumento
de casos da doença na cidade, Bernal foi enfático e disse que
índices oficiais já apontavam que poderia haver um surto de dengue
na cidade, entretanto, “não houve prevenção pela administração
anterior”.
Segundo o Ministério da Saúde, a pasta repassou R$ 173,2 milhões a
todos os municípios brasileiros no início do mês para a
qualificação das ações de combate ao mosquito transmissor da doença
Aedes aegypti, com o aprimoramento dos planos de contingência.