Um estudo realizado entre 774 homens sugere que a ingestão de
betabloqueadores pode reduzir o risco de demência. O medicamento é
largamente usado para problemas cardíacos, como tratar pressão
alta, um conhecido fator de risco para a demência.
A pesquisa, que será apresentada na reunião anual da Academia
Americana de Neurologia, em março deste ano, foi feita por meio de
autópsias em 774 homens.
De acordo com os pesquisadores da Universidade do Havaí, aqueles
que tomavam betabloqueadores para controlar a hipertensão mostraram
ter menos lesões cerebrais do que homens que não estavam recebendo
tratamento algum contra hipertensão ou que tomavam outros tipos de
medicamentos para lidar com o problema.
Entre os homens examinados, 610 sofriam de hipertensão e estavam
sob tratamento.
De acordo com o autor do estudo, Lon White, ''com o aumento
previsto no número de pessoas com Alzheimer, à medida que a
população mundial se torna mais velha, fica cada vez mais
importante identificar fatores que podem retardar ou prevenir a
doença''.
Pessoas que sofrem de hipertensão arterial devem procurar auxílio
médico a fim de evitar complicações como doenças cardíacas,
derrames e demência vascular.
Hipertensão pode danificar os pequenos vasos que levam sangue ao
cérebro. O sangue fornece o oxigênio essencial para o funcionamento
do cérebro.
A demência vascular é a segunda forma mais comum de demência
após o Mal de Alzheimer e pode ocorrer se o fluxo de sangue ao
cérebro for reduzido.
Uma outra pesquisa, realizada há dois anos, entre um grupo bem
maior de homens, um total de 800 mil, já havia sugerido que outro
remédio usado para conter a hipertensão, conhecido com bloqueador
dos receptores da angiotensina (ARB), pode reduzir o risco de
demência, inclusive do Mal de Alzheimer, em até 50%.