Confira quais operadoras são impactadas durante greve;
resultado de pesquisas de satisfação dos usuários de
planos;
Neste dia do médico, 18 de outubro, o atendimento eletivo às
operadoras (abaixo) será suspenso. As urgências e emergências serão
mantidas.
1. Green Line
2. Intermédica
3. Itálica
4. Metrópole
5. Prevent Sênior
6. Santa Amália
7. São Cristóvão
8. Seisa
9. Trasmontano
10. Universal
Movimento é nacional
“São Paulo está em consonância com o movimento nacional, que
terá ações em diversos estados e regiões. O mês do médico será
marcado pelo posicionamento firme da classe em busca da valorização
de seu trabalho, sempre em prol do atendimento de qualidade aos
pacientes”, destaca o presidente da Associação Paulista de
Medicina, Florisval Meinão.João Sobreira de Moura Neto, diretor de
Defesa Profissional da APM, explica que os planos selecionados para
a paralisação em São Paulo se negaram a negociar com os
profissionais ou mandaram propostas muito aquém do mínimo
aceitável.
A comissão de negociação continua à disposição das empresas para
receber propostas. “As negociações têm evoluído com algumas
operadoras e seguradoras, mas os médicos estão ávidos por valores e
índices que contemplem as reivindicações, tamanha a defasagem
sofrida pelos profissionais nos últimos anos”, afirma o diretor
adjunto de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury.
Pesquisa aponta problemas na assistência dos planos de
saúde aos pacientes.
A Associação Paulista de Medicina (APM) apresentou, em agosto, a
pesquisa Datafolha encomendada para desenhar um panorama de como
anda o atendimento dos planos de saúde aos pacientes, no estado de
São Paulo.Foram queixas recorrentes a demora no atendimento em
pronto-socorro, dificuldades para realização de exames e
procedimentos de maior custo, dentre outros problemas.A pesquisa
APM-Datafolha foi realizada para conhecer a opinião dos usuários de
planos ou seguros de saúde do Estado de São Paulo, investigando a
utilização dos serviços e os principais conflitos e deficiências
percebidas.
A amostragem tem como base 804 entrevistas, distribuídas por
todo o estado, com uma população de 18 anos ou mais, possuidora de
plano ou seguro saúde, que utilizou algum serviço nos últimos 24
meses. Retrata um universo de 10 milhões de pacientes da saúde
suplementar.Recentemente a Resolução nº 259 da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), publicada este ano, estabelece prazos
máximos para todos os tipos de atendimento.
Principais resultados
Entre os usuários que utilizaram os serviços de planos de
saúde nos últimos dois anos, 77% tiveram algum problema
(praticamente 8 em cada 10).
O índice de usuários com problemas foi de 64% para consultas;
40% em exames diagnósticos, e, o que é gravíssimo, 72% em
pronto-socorro, quando a pessoa mais necessita de agilidade e
resolubilidade. pronto-socorro, 67% dos pacientes reclamam de
superlotação, 51% da demora para atendimento
No caso das consultas, as principais queixas também são de
demora para marcação, de médico que saiu do plano e demora para
autorização.
Os usuários também reclamam da falta de opções, ocasionada
pela insuficiência das redes credenciadas. Apontam problemas como a
saída de médicos dos planos (30%), falta de médicos nas
especialidades (20%), poucas opções de hospitais (30%) e de
laboratórios (24%);
No pronto socorro, a situação é ainda mais alarmante. Dois
terços dos pacientes que precisaram do serviço relataram que o
local de espera estava lotado.
As principais queixas referem-se a demora para realização de
exames (12%), locais inadequados para medicação (12%) e até mesmo
negativa de atendimento (5%) e demora ou negativa na transferência
para leito hospitalar (4%).
Sobre os médicos e prestadores de serviço, a percepção de 66%
dos usuários é de que os planos colocam restrições em diversas
etapas para realização de exames de maior custo e, para (53%), de
que os planos restringem o tempo de internação hospitalar ou
UTI.
O alto grau de conscientização dos pacientes também foi notado
em relação aos obstáculos enfrentados pelos médicos. A maior parte
(60%) acredita que os planos pagam aos profissionais um valor muito
baixo por consultas ou procedimentos e 53% concordam que as
operadoras pressionam os médicos para reduzir o tempo de internação
hospitalar ou UTI.
100 mil pessoas já entraram na Justiça contra planos de saúde
e 14% da mostra, equivalentes a 1,4 milhão, conhecem alguém que
também buscou a mesma via. Nesta linha, 76% têm a imagem de que os
planos de saúde são objeto de muitas reclamações nos órgãos de
defesa do consumidor.
Interferência de planos no cuidado médico
Médicos brasileiros denunciam interferências das empresas para
reduzir solicitação de exames e internações, conforme pesquisa
Datafolha divulgada em 2010, encomendada pela Associação Paulista
de Medicina (APM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), com o
apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM).Foram entrevistados
profissionais cadastrados no CFM que atendam a planos ou seguros de
saúde particulares e tenham trabalhado com, no mínimo, três planos
ou seguros saúde atualmente e/ou nos últimos cinco anos. Foram
realizadas 2.184 entrevistas finais, contemplando os 26 estados
brasileiros e o Distrito Federal, entre os dias 23 de junho e 24 de
agosto de 2010.
Principais resultados
O médico que trabalha com planos ou seguros de saúde atribui,
em média, nota 5 para as operadoras, em escala de zero a dez.
Ressalta-se que 5% dos médicos deram nota zero para os planos ou
seguros saúde brasileiros e apenas 1% atribuiu notas 9 ou 10.
92% dos médicos brasileiros que atendem planos ou seguros
saúde afirmam que sofreram pressão ou ocorreu interferência das
operadoras na autonomia técnica do médico.
Entre as interferências no trabalho médico, glosar
procedimentos ou medidas terapêuticas e impor a redução de número
de exames ou procedimentos são as práticas mais comuns das
operadoras
Ø Mais da metade dos hospitais (54,9%) afirma que
os planos de saúde determinam a transferência de pacientes para
hospitais próprios das operadoras.
Ø Mais da metade dos hospitais (51%) afirma que os
planos de saúde demoram na liberação de guias de autorização para
internação, cirurgia e exames, o que prejudica pacientes e
médicos.