O novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil, agora pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, não mudou uma palha na intenção das operadoras de planos de saúde NotreDame Intermédica e Hapvida de abrirem capital. A expectativa é de que ambas as empresas protocolem pedido para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) até a próxima segunda-feira, 26, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na sexta-feira, 23, o banco mineiro Inter já fez seu pedido, para uma oferta que deve girar cerca de R$ 800 milhões.
De peso. A Hapvida, grande operadora do Nordeste, mira de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões em seu IPO. A oferta deve ser de 25% do seu capital e primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa. Se conseguir, será avaliada entre R$ 14 bilhões e R$ 16 bilhões. Já a NotreDame Intermédica prepara uma oferta justamente para vender parte da fatia detida pelo fundo Bain Capital, que controla a operadora. Na sua última tentativa, que foi engavetada, a companhia buscava valor de avaliação de R$ 10 bilhões. Agora, seu objetivo é aproveitar os resultados de 2017 para convencer os investidores de que a cifra é justa.
Tique-taque. As empresas que desejam precificar suas ofertas iniciais de ações em abril têm até o fim deste mês para pedirem o aval à CVM. Notredame e Hapvida, caso sejam bem-sucedidas em suas operações, vão reforçar a presença de empresas de saúde suplementar na bolsa e se unem a SulAmérica e Porto Seguro. A lista, no entanto, já foi maior. Contava, no passado, com as operadoras de saúde Amil e Medial. Procuradas, Hapvida e Intermédica não comentaram.