O mercado triplicou a procura por
apólices que oferecem proteção contra cancelamentos de viagem em
2014, de acordo com a Ifaseg. Segundo Mário Gasparini, diretor da
empresa, os prejuízos com este tipo de evento já são maiores do que
a soma das perdas com extravios de bagagem e acidentes pessoais com
passageiros, “que constituem episódios mais conhecidos e
tradicionalmente cobertos por apólices de seguro”.
De acordo com a companhia, que é
responsável pela administração de riscos de empresas que movimentam
mais de 50% do setor de turismo no País, a expansão dos
cancelamentos decorre do fato de que o consumidor passou a adquirir
viagens com antecedência cada vez maior. “Inúmeros imprevistos
podem acontecer entre o momento da compra da passagem e a data de
embarque”, observa Gasparini.
Waldir de Menezes, também diretor
da Ifaseg, diz que as apólices mais tradicionais de seguro contra
cancelamento contemplam apenas casos de morte, invalidez ou
internação hospitalar por três dias ou mais.
“Contudo, a própria Ifaseg desenhou
uma nova proteção que contempla vários tipos de causas, desde
pequenos eventos como gripes e resfriados. As coberturas também
abrangem o companheiro de viagem, ainda que não haja grau de
parentesco”, afirma o executivo.
Menezes também informa que, na
ocorrência do cancelamento, a apólice não apenas garante o
reembolso do viajante como também evita desgastes entre a empresa e
o consumidor, em função da aplicação de multas. De acordo com o
diretor, o seguro apresenta excelente relação entre custos e
benefícios. “Representa cerca de 2% do valor de uma viagem de oito
dias para a Disney, por exemplo”.