Nova cadeira debaterá conceitos
e desafios da saúde suplementar para alunos da graduação e
pós-graduação; parceria também desenvolverá pesquisas sobre o
setor
SÃO PAULO - A
FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) assinou um
Convênio de Cooperação Acadêmica e Científica com o Ibmec, uma das
principais instituições de ensino superior do país. O acordo prevê
o lançamento de uma disciplina eletiva sobre saúde suplementar em
cursos de graduação e pós-graduação de direito, além do
desenvolvimento de projetos de pesquisa em áreas relevantes para o
setor, como a avaliação de tecnologias em saúde.
O objetivo é estimular a produção
de estudos e ampliar o conhecimento da sociedade sobre os planos de
saúde. A nova disciplina abordará os conceitos mais importantes da
saúde suplementar e os desafios para os próximos anos no setor, em
especial após as consequências da pandemia da Covid-19.
"A parceria com essa renomada
instituição reafirma o compromisso da FenaSaúde de estimular e
oferecer meios para elevar a qualificação dos profissionais do
setor de saúde suplementar. Diante da dinâmica e da complexidade
desse setor, o conhecimento e a prática são os principais
instrumentos para entendermos as demandas do futuro e preparar as
empresas para atender às necessidades da população. É com esse
objetivo que seguimos empenhados em ampliar o acesso da população à
saúde de qualidade", afirma Vera Valente, diretora-executiva da
FenaSaúde.
Para o reitor do Ibmec RJ, Marcos
Lemos, os alunos devem compreender a saúde suplementar em suas
diferentes dimensões, como um direito e como um importante negócio.
"O Ibmec é uma escola de Direito e Negócios, portanto o ecossistema
apropriado para as discussões e experiências mais atuais do mundo
do trabalho. Em particular, as operações no setor de saúde têm
evoluído de forma acelerada nos últimos anos. A oferta dessa
disciplina eletiva em parceria com a FenaSaúde potencializa ainda
mais a nossa proposta de interdisciplinaridade e de preparação dos
nossos alunos para as demandas reais da sociedade, além de ampliar
um horizonte cada vez mais relevante para atuação profissional",
diz o reitor do Imbec RJ.
De acordo com a FenaSaúde, os
convênios médico-hospitalares atendem mais de 48 milhões de
brasileiros. Já os planos exclusivamente odontológicos cuidam de
mais de 27 milhões de beneficiários. O setor viu crescer o número
de usuários durante a pandemia - os convênios médicos ganharam 1,7
milhão de novos beneficiários entre junho de 2020 e julho de 2021
em todo o país.
Os planos de saúde também
conseguiram, mesmo diante da pandemia, bater o recorde de avaliação
positiva: 84% dos beneficiários estão muito satisfeitos com os
planos de saúde, segundo recente estudo realizado pelo Instituto de
Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Em 2019, esse índice era de
80%.
Ao mesmo tempo que cresce o número
de beneficiários e mais brasileiros avaliam positivamente os
serviços dos planos, a saúde suplementar tem vivido forte aumento
de custos decorrente de diversos fatores: evolução tecnológica,
aumento da expectativa de vida dos brasileiros, envelhecimento da
pirâmide etária do país e aumento significativo de doenças
crônicas, como diabetes e hipertensão, substituindo as doenças
infectocontagiosas que predominavam nas décadas anteriores.
"Esses fatores continuarão mudando
o funcionamento do setor nas próximas décadas, sendo centrais para
as análises de quem trabalha em direito", ressalta a
diretora-executiva da FenaSaúde.