Educador financeiro do C6 Bank
compara opções de investimentos de renda fixa
São Paulo, 13 de maio de 2022 – A
taxa básica de juros do Brasil saltou de 2% ao ano em março de 2021
para os atuais 12,75% ao ano. A mudança de cenário levou muitos
investidores a repensar a distribuição de suas carteiras de
investimentos, pois a alta dos juros favorece a renda fixa.
“Muitas aplicações de renda fixa
têm sua rentabilidade atrelada à Selic e, por isso, ficaram mais
atrativas nos últimos meses. Com isso, muitos investidores
perceberam que não precisavam se expor tanto à volatilidade da
renda variável para obter bons rendimentos”, afirma Liao Yu Chieh,
educador financeiro do C6 Bank.
Mas nem todos os investimentos de
renda fixa são iguais. A poupança, por exemplo, fica ainda mais
prejudicada no comparativo com outras opções de renda fixa quando
os juros estão altos como agora. Liao explica que isso acontece
porque a rentabilidade da caderneta é calculada de duas formas.
“Quando a taxa Selic está abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da
poupança é de 70% da taxa Selic + TR (Taxa Referencial), que
atualmente está em torno de 0,05% ao mês. Já quando a Selic está
acima de 8,5% ao ano, como agora, o rendimento da poupança é de
0,5% ao mês prefixado + TR. É pouco comparado a outros produtos de
mesmo risco”, explica.
Para facilitar, o professor fez as
contas de quanto renderiam R$ 5 mil investidos durante um ano na
poupança e em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) com
liquidez diária e rendimento de 101% do CDI. Na poupança, depois de
um ano, o investidor teria R$ 5.345,55, estimando uma TR de 0,70%
ao ano. Já no CDB com liquidez diária, usando o CDI estimado pela
curva de juros da B3, o investidor teria R$ 5.546,95, ou seja, R$
201,41 a mais.
Além do rendimento maior, o
educador financeiro do C6 Bank explica que os CDBs e a poupança de
um mesmo banco oferecem o mesmo risco de crédito e a mesma
garantia. “Tanto a poupança quanto o CDB possuem a proteção do
Fundo Garantidor de Créditos (FGC)”, explica Liao.
O professor alerta, porém, que a
poupança pode ser boa opção de investimento em um único caso. “Para
quem não tem conhecimento e nem disciplina financeira, a poupança
pode ser um bom ponto de partida. Para essas pessoas, não guardar
na poupança significa, na maioria das vezes, gastar o dinheiro com
coisas desnecessárias e ficar desprotegida em casos de emergência.
Com o tempo, adquirindo conhecimento e o hábito de investir, a
pessoa pode migrar para investimentos melhores”, diz Liao.