Percentual que mede uso dos
planos de saúde alcançou 86% no último trimestre do ano; índice é o
maior da série histórica, desde que começou a ser
monitorado
A taxa de sinistralidade dos planos
de saúde médico-hospitalares em 2021 chegou a 86%, a maior desde
2001, quando o índice começou a ser divulgado pela Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS). A sinistralidade é um dos mais
importantes indicadores da saúde suplementar. Ela mostra a relação
entre contraprestações (receita) das operadoras, frente aos
pagamentos (uso dos planos para exames, consultas, internações,
medicamentos e cirurgias).
Na prática, a cada R? 100 reais dos
custos das operadoras de saúde em 2021, R? 86 foram destinados ao
pagamento de despesas assistenciais. Os dados foram divulgados
recentemente pela ANS.
“As despesas assistenciais também
estão evoluindo, cresceram 24% em 2021. Toda essa conjuntura aponta
para uma retomada dos custos em saúde em patamares já mais elevados
que o pré-pandemia. O índice registrado em 2021 é 12% maior que o
registrado no fim de 2020. Se olharmos para o primeiro trimestre de
2022 essa tendência se confirma, com a sinistralidade acima da
registrada no mesmo período dos últimos três anos”, aponta Vera
Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde
Suplementar (FenaSaúde).
Os planos exclusivamente
odontológicos também apresentaram alta no último ano, chegando a
41% de sinistralidade em 2021. Com isso, o segmento registrou
elevação de 3% na sinistralidade em 12 meses.