A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aponta que mais de cem planos de saúde encerraram suas atividades entre o final de 2014 e maio de 2018.
No mesmo período, cerca de 3 milhões de brasileiros abriram mão do plano a partir de cortes na renda familiar.
Com isso, o Estadão relata que operadoras de convênios médicos e entidades de defesa do consumidor concordam que os planos de saúde podem ficar insustentáveis nos próximos anos.
A diminuição nos clientes e empresas tem relação com o envelhecimento da população e a queda do número de usuários durante a crise. Para driblar a queda, as empresas têm reajustado preços e pleiteado uma maior partilha das despesas com os clientes.
Enquanto os reajustes dos planos individuais são limitados pela ANS a até 10%, entre os planos coletivos, que correspondem a quase 80% dos contratos, não existe teto definido, explica o Estadão.
Nos convênios com até 30 beneficiários, que servem de base para a regulamentação, essa alta foi de até 70% na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2017.
As operadoras afirmam que, com o avanço da tecnologia utilizada em exames e procedimentos médicos, os custos para a prestação dos serviços subiram. Como o Brasil importa a maior parte dos equipamentos hospitalares e os princípios ativos para a fabricação de medicamentos, os produtos são afetados pela variação do dólar.
Em 2017, a ANS mostra que foram realizados 1,5 bilhão de procedimentos, entre consultas, atendimentos ambulatoriais, exames, terapias, internações e procedimentos odontológicos. O número subiu 3,4% em relação a 2016.