“A Intermediação do Seguro no Brasil e
os novos canais de venda” é o estudo mais recente elaborado pelo
Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional
de Seguros. A principal conclusão do trabalho, de autoria do
professor da Escola, Miro Cequinel, é que o consumidor brasileiro
ainda prefere contratar apólices com o corretor de seguros.
A constatação é altamente relevante, principalmente em tempos em
que se discute o advento dos canais de venda on-line, cada vez mais
presentes nas negociações de seguros. De acordo com a pesquisa,
aplicativos e sites de cotação funcionam como porta de entrada para
o setor, mas, no momento de fechar o negócio, é ao corretor que o
segurado recorre.
Segundo o professor Cequinel, a Internet tornou-se um meio
importante para obter informação sobre produtos securitários e
prêmios. “A contratação da apólice ainda tem o corretor como
figura-chave e a explicação para isso reside no receio do serviço
comprado ser diferente do anunciado na web ou falso”, explica.
O estudo também identificou que o seguro é o produto com o maior
índice de rejeição para compra on-line. De 22 itens elencados em
pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), os seguros
aparecem na última colocação, com apenas 6% de aceitação.
O levantamento mostra ainda uma comparação entre o Brasil e outros
países nas formas de distribuição e contratação do seguro. “Os
canais modernos de venda direta, como a Internet e dispositivos
móveis, ainda respondem por uma parte pequena dos prêmios no
mercado mundial de seguros, no Brasil inclusive. Os meios
tradicionais, que incluem corretores, agentes, bancos e outros
intermediários, continuam dominando as vendas”, conclui
Cequinel.