Líder do governo na
Câmara disse que o Executivo não estimulará, este ano, a criação de
um imposto para financiar a saúde
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza
(PT-SP), disse nesta segunda-feira (12) que o Executivo não
estimulará, este ano, a criação de um imposto para financiar a
saúde, no âmbito da regulamentação da Emenda 29. “Não haverá
iniciativa do governo este ano para [criar] o imposto”,
assegurou ele ao deixar a reunião de coordenação política, no
Palácio do Planalto.
O líder contou que, na votação da regulamentação da Emenda 29,
marcada para o dia 28, o governo irá liberar os deputados para
votar como quiserem. “O governo vai liberar o voto para cada
deputado votar com preferir”. Vaccarezza repetiu o que o
governo federal já destina o percentual de recursos orçamentários à
saúde, como determina a Emenda 29.
A Emenda 29 foi aprovada em 2000 e obriga a União a investir em
saúde 5% a mais do investimento do ano anterior. Determinou ainda
que, nos anos seguintes, esse valor seja corrigido pela variação
nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Os estados foram obrigados
a aplicar 12% da arrecadação de impostos em saúde e os municípios,
15%. A regra era transitória e deveria valer apenas até 2004, mas
continua em vigor por falta de uma lei complementar que regulamente
a emenda.