Em uma época onde a vida das pessoas –
e também das empresas – está na ponta dos dedos, guardadas na
memória de computadores, os corretores de seguros podem ter aí uma
nova oportunidade: riscos cibernéticos.
Tem sido comum, nos últimos anos,
empresas terem seus dados sequestrados por ladroeira virtuais. Como
se proteger? Além de usar produtos certificados, é possível
contratar um seguro específico contra riscos cibernéticos. Aí entra
o papel do corretor de seguros.
Claudio Macedo Pinto, fundador da
CLAMAPI Seguro de Riscos Cibernéticos, Diz que esse segmento é
inexplorado no Brasil. “Há pouquíssimas apólices emitidas, não
chega a 40 apólices emitidas, e apenas três seguradoras operando”,
revela.
Quase diariamente a imprensa noticia
ataques sofridos por empresas e todas elas estão sujeitas a sofrer
ataques, desde as menores até as grandes empresas. “A indústria do
crime cibernético é tão grande quanto a do tráfico de drogas”,
compara o corretor. Ele acrescenta que por ser um seguro novo, há a
oportunidade de mostrar aos clientes que já existe um seguro que
cobre ataques cibernéticos. “No futuro próximo, todas as empresas
farão este tipo de seguro, pois mais que o sistema de proteção de
informática seja moderno, o risco de sofrer ataques sempre
existirá”, pondera.
Sobre o funcionamento da apólice, ele
diz que ainda não houve sinistro no Brasil, mas basicamente serão
avaliadas as despesas que ocorreram para minimizar os danos
causados pelo ataque, cobrindo inclusive danos causados a terceiros
e eventual resgate, que é um dos crimes mais comuns.
Para Macedo, o corretor tem que se
inteirar sobre o tema para que possa oferecer aos clientes. Na
opinião dele esse é um risco que veio para ficar. “Todas as
empresas sofreão diversos ataques ao longo da sua existência”,
afirma.
O assunto é tão importante que
Associação Internacional de Direto de Seguros (AIDA) vai discutir
“Os Riscos Cibernéticos e a Responsabilidade Civil”, no dia 31 de
maio, no auditório do Sindseg-SP em São Paulo.