A Câmara arquivou, nesta quarta-feira
(19/04), o projeto de lei que tornaria obrigatória a inserção, com
destaque, nas propostas de adesão, questionários e demais
documentos do contrato de seguros, do valor das comissões pagas aos
corretores. A proposta foi elaborada pelo deputado Marcos Montes
(PSD/MG).
Se fosse aprovado esse projeto, o
corretor de seguros também seria proibido de participar dos
resultados obtidos pela seguradora.
O parlamentar também sugeria a
regulamentação de agentes autorizados de seguro, que passariam a
ser prepostos da seguradora para todos os efeitos obrigacionais,
vinculando-a integralmente por seus atos e omissões.
Esses agentes, caso o projeto fosse
adiante, responderiam civilmente perante os segurados e
beneficiários e suas remunerações, vedada a criação de limitações
de responsabilidade, exceto por força de lei.
Quanto aos seguros obrigatórios, o
parlamentar sugeria que as garantias tenham “conteúdo e valores
mínimos que permitam o cumprimento de sua função social” e que o
órgão regulador reveja esses valores, a cada ano civil, em “favor
dos interesses dos segurados e beneficiários”.
O projeto também vedava a utilização
dos prêmios arrecadados com seguros obrigatórios para “finalidades
estranhas à prestação dos respectivos serviços”.
Vale lembrar que esse mesmo
parlamentar apresentou projeto de lei que alteraria o Código Civil,
autorizando transportadores de passageiros ou cargas – pessoa
física e jurídica – a comercializar a chamada “proteção
veicular”.