Uma operação realizada pela Polícia
Federal esta semana prendeu cinco suspeitos de integrar uma
quadrilha responsável por fraudes no seguro defeso. A ação englobou
cidades do Sul do Espírito Santo e da região Metropolitana de
Vitória. Outras nove pessoas também foram levadas para prestar
depoimento. De acordo com a investigação, em sete anos de fraude o
rombo nos cofres públicos pode chegar a R$ 28 milhões.
Entre os detidos estão dois
funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego de Vitória, dois
empregados Colônia de Pesca de Guarapari e um despachante que atua
no município de Itapemirim. A fraude consistia em preparar
documentos ideologicamente falsos para que pessoas que não
sobrevivem da pesca pudessem receber, ilicitamente, o seguro
defeso. O benefício é um valor pago aos pescadores artesanais para
a sobrevivência durante o período de reprodução das espécies, em
que são impedidos legalmente de pescar.
O delegado responsável pela ação,
Everton de Manso, explicou como o grupo agia.”A quadrilha
funcionava basicamente por meio de um despachante que era um elo de
ligação entre esse pescadores, a colônia de pesca e também junto
com funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego, que davam
entrada nesses requerimentos de benefícios. Eles cobravam um valor
para atuar facilitando o requerimento desse pescadores, que, via de
regra, era uma das parcelas do seguro que eles ririam receber”,
disse Manso.
Ainda segundo as investigações, a
quadrilha atuava em oito cidades do Espírito Santo, entre elas
Presidente Kennedy, Guarapari, Marataízes, Itapemirim, Cachoeiro,
Serra, Vila Velha e Vitória.