Projeto quer
que Ministério da Saúde faça todo ano uma licitação para um
registro nacional de preços de bens e serviços
A
Comissão de Seguridade Social e Família aprovou projeto de lei
complementar que cria um sistema integrado de compras para o
Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta (PLP 245/13), de autoria
do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), prevê que o Ministério da
Saúde realize todos os anos um processo licitatório para formação
de um registro nacional de preços de bens e serviços, e a tomada de
preços será precedida de avaliação das aquisições necessárias ao
SUS.
Municípios, estados e hospitais filantrópicos
integrantes do sistema terão até 31 de dezembro de cada ano para
apresentar suas demandas ao ministério. O projeto tem prioridade e
ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação
(inclusive quanto ao mérito); e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. Depois, será votado pelo Plenário.
O
relator, deputado Paulo César (PR-RJ), destacou que a medida pode
reduzir substancialmente os preços nas aquisições do
SUS.
“Esse
registro nacional, feito a partir da tomada de preços pelo
Ministério da Saúde, iria facilitar muito a vida dos prefeitos, que
têm seus recursos cada dia mais escassos, assim como dos nossos
governadores e daqueles que passam um verdadeiro sufoco, que são os
hospitais filantrópicos, as santas casas filantrópicas”, diz o
parlamentar.
Prazos
Pelo texto, o processo de formação de
preços começará em até 20 dias após a publicação do Orçamento da
União, devendo ser concluído até primeiro de março do mesmo ano. Em
até três dias após a conclusão do levantamento, os resultados devem
ser publicados na internet.
O
especialista em saúde pública e consultor legislativo da Câmara dos
Deputados Fábio de Barros Gomes explicou que a legislação atual já
permite às entidades da administração direta realizar licitação
conjunta, mas o projeto pode dar mais agilidade ao processo e
reduzir os custos das compras do SUS.
“Essa
proposição vai ampliar o foco porque ela inclui também as entidades
filantrópicas e é mais clara ao que deve ser feito para que esse
sistema de compras integrado exista. Por exemplo, com a criação da
ata de registro de preço que pode ser acessado tanto por estados,
por municípios e por entidades filantrópicas”, afirma o
consultor.
Segundo ele, os benefícios são muito grandes:
“Você imagina que estados e municípios poderão ter acesso a um
processo licitatório que o ministério realizará todo ano a respeito
de bens e serviços da área da saúde que são usadas
frequentemente”.
A
íntegra da proposta pode ser lida no site
da Câmara.