Proximidade e
alinhamento entre líderes e colaboradores estão diretamente ligados
à quantidade de reuniões de desempenho realizadas, aponta estudo
GPTW
Investir em cursos, treinamentos, custear MBAs,
pós graduações, conceder benefícios como plano de saúde, vale
alimentação, exercer políticas de remuneração diferenciadas e
definir um plano de carreira aos colaboradores são medidas
praticamente obrigatórias em todas as premiadas pela Great Place to
Work Saúde 2013.
Fatores talvez um pouco menos práticos são os que
parecem, de fato, explicar o porquê eles, os funcionários, ficam.A
4Bio, por exemplo, que comercializa medicamentos especiais e é a
26° colocada no raking, busca ser uma facilitadora para a
realização de sonhos. “Todos têm um sonho individual, seja ele ter
um filho, comprar um imóvel ou fazer uma faculdade. E a gente
estimula a motivação e dissemina a possibilidade para a realização
do sonho por meio do trabalho aqui”, afirma o presidente da 4Bio,
André Kina.
Há 64
anos no mercado, a importadora e revendedora de equipamentos
médicos hospitalares H.Strattner – 10° colocada no estudo – admite
mudar constantemente ao longo do tempo, mas “a essência continua
absolutamente a mesma”.“Continuamos uma empresa familiar, com a
tendência de nos envolver em todos os sentidos na vida dos nossos
colaboradores”, diz a vice-presidente Bianca Strattner, parte da
terceira geração da família de origem alemã.
Para
a corporação conseguir com que, realmente, os funcionários a
considere uma “integrante da família”, ou melhor, um aspecto chave
da vida, do bem estar e do alcance de objetivos pessoais só é
possível através de cinco fatores, segundo pesquisa da GPTW:
qualidade de vida, remuneração, estabilidade, oportunidade de
crescimento e, um dos mais citados em pesquisas recentes, o
alinhamento entre as metas da corporação com a dos
colaboradores. Além de uma área de Recursos Humanos bem
estruturada, com processos de seleção e integração bem desenhados,
as Melhores Empresas para Trabalhar também estão preocupadas não só
em escolher o candidato, mas em serem escolhidas.
“Os
candidatos são incentivados a fazer perguntas para conhecer melhor
a empresa e a oportunidade que estamos oferecendo. Assim,
acreditamos que ele terá condições de definir se a H. Strattner é a
empresa ideal para ele trabalhar. Com essa visão, torna-se mais
claro para o candidato nossa posição e objetivos, permitindo uma
maior abertura e segurança ao longo das atividades de seleção, em
que o candidato acaba sentindo-se mais à vontade e demonstrando
realmente seus objetivos e expectativas”, conta A
proximidade e alinhamento entre os líderes e seus colaboradores
estão diretamente ligadas a quantidade de reuniões de desempenho
realizadas.
De
acordo com a GPTW, quanto maior o número de feedbacks dados aos
funcionários, maior é o índice de confiança. Cerca de 53% das
empresas premiadas da lista de 2013 dão mais de dois feedbacks por
ano.O laboratório Leme, 6° lugar entre as melhores empresas de
saúde, costumava fazer uma avaliação formal de desempenho anual,
para este ano planeja realizar quatro. “É preciso existir
confiança. O colaborador tem que sentir que ao falar, vai ser
escutado”, diz a diretora médica do Leme, Marla Cruz. Ouvir
incansavelmente o que os colaboradores pensam e valorizam e o livre
acesso aos líderes é característica fundamental das três empresas.
“Eles gostam que eu vá nas unidades. Vou em todas, pelo menos, duas
vezes ao ano, além de realizar também o Café com a Diretoria, para
os interessados em discutir as estratégias da empresa comigo”,
conta Marla.