Levantamento trimestral mostra que 20 municípios têm juntos 1,445 milhão de beneficiários. Professor da PUC-Campinas diz que economia e preocupação com saúde impulsionam setor.
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou março com 1,445 milhão de beneficiários por planos de saúde particulares, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O balanço mostra aumentos consecutivos a partir de setembro de 2020, atualizados a cada trimestre, e mostra acréscimo de 48,4 mil usuários em um ano. O saldo é o maior desde setembro de 2015 – veja tabela.
Os dados sobre os planos são divulgados a cada três meses pela instituição reguladora do setor e o cliente considerado na pesquisa é o titular do acordo. Com isso, informou a ANS, ele pode ter mais pessoas vinculadas como dependentes, e os dados também são revisados a cada intervalo.
A RMC é formada pelos municípios de Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
Perfil
O levantamento da ANS mostra que o plano coletivo empresarial é o que detém mais assistidos na RMC. Pelo menos 1 milhão estão nesta categoria em virtude do benefício ser atrelado ao emprego.
Contrato dos planos de saúde na RMC
Plano coletivo empresarial detém maioria dos beneficiários.Coletivo empresarial: 1.056.782Individual ou familiar: 287.882Coletivo por adesão: 99.683Não informado: 1.383
Coletivo empresarial
1.056.782
Fonte: ANS
Perfil
O levantamento da ANS mostra que o plano coletivo empresarial é o que detém mais assistidos na RMC. Pelo menos 1 milhão estão nesta categoria em virtude do benefício ser atrelado ao emprego.
Contrato dos planos de saúde na RMC
Plano coletivo empresarial detém maioria dos beneficiários.Coletivo empresarial: 1.056.782Individual ou familiar: 287.882Coletivo por adesão: 99.683Não informado: 1.383
Coletivo empresarial
1.056.782
Fonte: ANS
Impacto econômico
Ao g1, o economista da PUC-Campinas Roberto Brito de Carvalho ponderou que as estatísticas da ANS refletem, em parte, o aumento da atividade econômica, incluindo contratações.
“Muitas empresas contrataram e concederam o benefício aos funcionários. Não bastasse isso, é importante destacar o crescimento de microempresas e MEIs [microempreendedores individuais]. Com isso, as pessoas conseguem comprar planos de saúde para suas famílias”, avaliou.
Ainda de acordo com ele, a preocupação com a saúde provocada pela pandemia de Covid-19 e a demanda reprimida por causa da crise sanitária impulsionam o setor de planos de saúde.
“Muitas pessoas evitaram ir aos hospitais ou precisaram interromper tratamentos de outros problemas de saúde”, falou ao comentar que as contratações se tornaram imprescindíveis em alguns casos.
