O
ministro da Economia, Paulo Guedes, não acatou a proposta de
mudanças no MEI e no Simples Nacional, que traria possivelmente um
aumento da carga tributária, inclusive, pelos Corretores de
Seguros, já que muitos usam esse sistema de tributação. Essas
alterações vinham sendo defendidas pela Receita Federal no âmbito
da reforma tributária. Segundo reportagem publicada pelo portal do
Jornal Contábil, o ministro assegurou, em entrevista coletiva, que
os dois regimes, criados para formalizar e beneficiar micro e
pequenas empresas, não serão modificados. “Ninguém vai mexer no
Simples, ninguém vai mexer no MEI”, assegurou Guedes.
Essas possíveis mudanças foram anunciadas no início de julho, pelo
secretário da Receita Federal, José Tostes Neto. Na ocasião, ele
argumentou que, após as mudanças feitas no Imposto de Renda pela
Reforma Tributária, as regras do Simples e do MEI teriam que ser
revisadas, pois a flexibilização desses regimes resultou numa
ampliação considerada “indevida”, com base no argumento de que os
demais regimes eram bastante onerosos e complexos.
Vale
lembrar que graças a uma intensa mobilização da categoria,
capitaneada pela Fenacor e os Sincors, os corretores de seguros
conseguiram, após muitos anos de reivindicações, ter o direito de
optar pele adesão ao Simples, o que vem sendo feito desde janeiro
de 2015.
Esse
direito foi assegurado pela Lei Complementar 147/14, que permitiu a
inclusão das empresas corretoras de seguros no roll das que podem
optar pelo regime simplificado de tributação. Além disso outra
conquista foi a possibilidade de o Corretor utilizar a tabela III
do Supersimples, considerada naquela ocasião, a mais favorável para
as empresas.