O objetivo do seguro de carro é proteger o patrimônio
daquele que o contrata. Para evitar prejuízos, o serviço ressarce o
segurado quando seu bem é furtado, roubado ou foi envolvido em um
acidente – de trânsito ou relacionado a causas naturais, como uma
chuva de granizo. Mas, para desfrutar da estabilidade do seguro, é
preciso entender bem a apólice e ser verdadeiro com a empresa
escolhida.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Proteste,
elencou os três principais erros ao contratar o seguro do carro.
Veja quais são eles, suas consequências e, principalmente, como
evitá-los.
“Se o seguro for contratado de forma errada, o consumidor
poderá ter problemas na hora da cobertura do sinistro. Assim, é
fundamental pesquisar as opções existentes, analisar as coberturas
de cada apólice e fornecer informações corretas na hora de assinar
o contrato”, alerta Alexandre Rodrigo, especialista da
Proteste.
Para ajudar os consumidores a fazerem a escolha da empresa
a ser contratada, a instituição oferece um comparador de seguros
automotivos, que indica as melhores opções para cada caso. Além de
usar essa ferramenta para pesquisa, vale ter atenção a alguns
outros detalhes. Confira quais são os erros mais comuns ao
contratar um seguro de carro:
1. Não informar todos os condutores do veículo
O veículo fica registrado em nome de seu proprietário, mas
outras pessoas também podem conduzi-lo. Se existe a possibilidade
de mais de um motorista usar o automóvel com certa frequência, é
essencial informar a seguradora.
Isso porque, de acordo com a Proteste, se ocorrer algum
sinistro enquanto o veículo estiver com outro condutor que não os
autorizados na apólice, a empresa pode não ser obrigada a cobrir o
valor contratado.
2. Deixar de responder os locais de circulação do
veículo
O cálculo do seguro normalmente é feito com base em
levantamentos que indicam o potencial de risco das regiões onde o
carro circula e fica estacionado. Por exemplo, se o veículo
permanece em uma garagem fechada durante a noite, o risco é menor
do que quando está estacionado na rua.
Da mesma forma, existem bairros onde as ocorrências de
furtos e roubos são mais frequentes. Se você mora ou trabalha
nesses locais, a informação precisa ser fornecida na apólice, mesmo
que isso signifique um acréscimo de preço.
Uma alternativa para reduzir custos, no caso de veículos
que permanecem estacionados na garagem por muito tempo, é a nova
modalidade de seguros pay per use, que é ativada apenas quando o
carro é utilizado.
3. Desconhecer detalhes da cobertura e da franquia do
seguro do carro
Todos os detalhes do contrato devem ser analisados antes
da tomada de decisão.
Existem alguns critérios, desconhecidos por muitos
motoristas, que podem impactar no custo do seguro do carro, como a
oferta de um veículo reserva, caso o carro segurado seja furtado ou
roubado, ou precise permanecer por alguns dias na oficina. Esse
detalhe eleva o custo do seguro e pode ser desnecessário se houver
um segundo veículo na família.
Ao analisar a apólice, também é importante ter atenção ao
valor da franquia, que é uma taxa a ser paga quando a seguradora
precisa ser acionada. Existem opções que estabelecem a franquia
reduzida, mas com valor mais elevado do seguro.
Apólice de seguro auto: o que é preciso saber sobre o
documento
Além disso, é necessário avaliar as exclusões previstas no
contrato, ou seja, as situações em que a seguradora não será
obrigada a prestar assistência. Também é importante verificar as
possíveis coberturas complementares, que podem ser interessantes em
casos específicos.
Em resumo, para evitar problemas, o contratante precisa
ter em mente que a verdade é a máxima para garantir os benefícios
do seguro do carro. O diálogo com o corretor também é uma das
chaves para evitar prejuízos.
De acordo com o professor da Escola Nacional de Seguros,
José Varanda, o contrato de seguro veicular estabelece que, em caso
de omissão, informação enganosa, falsa ou incompleta existe a
possibilidade da negativa.