Em meio às turbulências que afetam
a economia do país, o setor de seguros segue demonstrando solidez.
Conforme a Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, o faturamento
como um todo obteve alta de 17%, de janeiro a julho deste ano, ante
o mesmo período do ano passado.
De acordo com a publicação, que é
assinada pelo Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no
Estado de São Paulo) e que traz um mapeamento mensal da indústria
de seguros, o desempenho está lastreado no VGBL, tendo em vista que
a receita do produto avançou 30% no intervalo.
A Carta ressalta ainda que, sem o
VGBL, a receita de seguros subiu apenas 5%, acumulando R$ 54,4
bilhões. No recorte por segmentos, os seguros de pessoas
apresentaram crescimento de 9% no período analisado, ao passo que
os ramos elementares, que englobam automóvel e residencial,
contaram com evolução mais modesta, de 4%.
É assim que, segundo o estudo
divulgado pelo Sincor-SP, o mercado de seguros terá uma variação
nominal de 10% em 2015. “Trata-se de número praticamente idêntico
às taxas inflacionárias, sem nenhum ganho real, como vinha
ocorrendo nos últimos anos”, pondera a Carta, salientando que a boa
notícia está na estimativa de evolução dos indicadores, que vêm se
mantendo estáveis nos últimos dois meses, ou seja, não estão caindo
mais. Alem disso, o documento aponta situações favoráveis
relacionadas com a rentabilidade das seguradoras, que são
beneficiadas, entre outros fatores, pela trajetória mais elevada da
taxa de juros.
Em análise do contexto, o
presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, diz que é preciso
manter o foco e explorar novos nichos, investindo no
empreendedorismo e na criatividade. “A crise atinge o desempenho do
canal corretor, claro, não estamos imunes. Mas, com a oferta de
portfólio diversificado, reforçamos nosso papel de pilar da
indústria de seguros e o compromisso com o avanço social e
econômico da nação”, reforça Camillo.