Em pouco mais de uma década, o número
de usuários de planos que dividem com o cliente parte das despesas
por atendimentos passou de 8,3 milhões, em 2007, para 24,7 milhões,
neste ano. É o caso, principalmente, de planos com coparticipação,
modelo em que o usuário paga valor fixo ou percentual por cada
atendimento, e de alguns com “franquia”, quando o plano não é
obrigado a custear serviços até ser atingido determinado
valor.
A expansão desse modelo tem ocorrido
de tal forma que, em janeiro, o percentual de usuários de planos
que cobram algum tipo de contrapartida pelo uso superou, pela
primeira vez, o de clientes que pagam apenas a mensalidade, segundo
dados da ANS.
Isso significa que, enquanto em 2007 o
percentual de usuários desses planos era de 22%, agora o índice já
alcança 52% - a maioria com planos com coparticipação. Atualmente,
cerca de um terço dos planos de saúde ofertados no País (32%)
possuem mecanismos de coparticipação. Dez anos antes, esse índice
era de 22%.
Na carteira de clientes da Unimed
Goiânia, existem 174.191 (51,2%) planos com
coparticipação de um total de 340 mil. “Diante do aumento do
desemprego e desse período de dificuldades econômicas, essa
modalidade de plano tem crescido naturalmente como uma alternativa
mais viável para as famílias serem capazes de ajustar melhor no
orçamento os gastos com saúde”, comenta o presidente da Unimed
Goiânia, Breno de Faria.
O diretor de Mercado, Sérgio Baiocchi
Carneiro, concorda e complementa que “o uso consciente do plano é
outra das atitudes que contribuem para o equilíbrio financeiro
tanto dos beneficiários como das próprias operadoras”.