Em decisão monocrática, o
presidente-substituto do conselho de administração da Geap Saúde,
Manoel Messias Boaventura de Novais, encaminhou ontem ofício à
gerência de Gestão de Pessoas determinando a demissão do diretor
executivo da Geap Saúde, Roberto Sergio Fontenele Candido.
Segundo Boaventura, a postura
demonstrada por Fontenele não condiz com a política de governança
da Geap. Ele ainda detalhou que o executivo não apresentou resposta
plausível de retratação aos profissionais parceiros do plano de
saúde, conforme solicitado pelo conselho, conforme estava alinhado
com o colegiado.
Para piorar a situação, em ficha de
avaliação preenchida, Boaventura classificou como “abaixo do
esperado” o desempenho de Fontenele na maioria dos sete componentes
analisados. O documento foi assinado de próprio punho pelo
presidente do conselho de administração da Geap em 8 de maio.
Menos de 45 dias após assumir o posto,
Fontenele deixa o cargo após ser gravado em uma reunião com parte
da equipe em que afirma de médicos e hospitais roubam os planos de
saúde. As declarações reveladas com exclusividade
pelo Blog tornaram insustentáveis a
permanência do executivo a frente do plano de saúde dos servidores
públicos.
Apesar disso, quem conhece de perto a
Geap afirmou que o processo de demissão é nulo, já que o conselho
de administração não se reuniu e, por meio de uma resolução,
definiu o afastamento do executivo. Tamanha é a confusão que
Fontenele se recusou a assinar a Recisão Antecipada de Contrato de
Experiência em 8 de maio.
A rescisão foi assinada pelo
coordenador de Obrigações Trabalhistas da Geap, Daniel Leonardo da
Rocha Mendes, e outras duas testemunhas. Vale lembrar que a Geap é
um reduto do Partido Progressista (PP) e sofre forte influência
da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da Previdência
e da Seguridade Social (Anasps), que detém assentos no conselho de
administração da operadora.