A Porto Seguro apresentou o Seguro
Auto Popular, por meio da Azul Seguros. O produto está pronto para
entrar em comercialização e somente no aguardo da autorização da
Susep.
Apenas em 2016 o produto tornou-se
possível com a aprovação de regras da Susep que permitem
recuperação de veículos com peças de reposição não originais novas,
similares às dos fabricantes de veículos. Segundo o diretor geral
da Porto Seguro, Luiz Pomarole, esse produto é uma proposta de
inclusão para aqueles que nunca tiveram condições de contratar uma
apólice. “É um produto que oferece coberturas mais baratas, mas com
a mesma qualidade. É para aqueles que não têm seguro, com um preço
que cabe no orçamento”.
A Azul Seguros é a primeira a oferecer
o seguro popular, que será lançado primeiro em São Paulo, capital,
e região metropolitana, e possibilita a redução no custo da apólice
em até 30%. De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de
Seguros Gerais (CNseg), estima-se que 70% dos veículos que circulam
no Brasil estão descobertos. “Com o Azul Seguro Auto Popular, o
Corretor ganha um produto com valor mais atraente sem perder na
qualidade no momento do reparo e nos serviços oferecidos, pode
garantir novos negócios e aumentar a sua carteira de clientes”,
afirma Pomarole.
Especificações do
produto
Felipe Milagres, diretor da Azul
Seguros, deixa claro algumas características do produto. “Usaremos
peça de reuso também, mas toda a peça relacionada à segurança do
veículo será original e nova. Além disso, diferente do seguro de
auto tradicional, no popular a oficina já é definida no momento da
contratação, que pode ser de livre escolha ou da Porto”, e ainda
completa: “porém, é regra da Susep, que o corretor deve sempre
oferecer as duas opções para o cliente, o tradicional e o popular,
para que ele escolha”.
O Seguro Auto Popular atende veículos
a partir de cinco anos de uso, com IS (importância segurada) a
partir de até R$ 60 mil, pois há maior movimento de peças de reuso,
com indenização de 80% a 90% da tabela Fipe. “O produto começa para
proteção de roubo, furto e alagamento, colisão total e parcial, e
pode adquirir cobertura para terceiros até R$ 25 mil. Tem também o
direito de contratar danos morais e estéticos, e uma assistência
emergencial até 100 km, é um evento e não conta como sinistro. Para
facilitar também fazemos o pagamento em 10 vezes fixas ou 5% à
vista”, explica Milagres.
Bruno Garfinkel, diretor da Renova, empresa de
reciclagem de veículos do grupo Porto Seguro, contou que a empresa
desmonta até 500 carros por mês da Porto, Azul e Itaú. “De seis em
seis meses dobramos nossa capacidade de desmontagem de veículos. O
estoque passa por uma curva de aprendizagem para saber o que
desmontar, aprendizados que acabaram possibilitando a publicação de
normativa, ter um processo estabelecido de fornecimento de peças,
um sistema que consegue entregar nas oficinas. Há três anos no
mercado, temos a experiência de operar no segmento e adquirimos
tecnologia”.
Para não frustrar o consumidor
“desenvolvemos fornecedores de peças genéricas com Inmetro, pois
mesmo nessas peças há diferentes padrões de qualidade. A Renova se
prontificou a ser uma espécie de fiscalizadora sobre o padrão de
qualidade dos fornecedores de peças novas e genéricas, essas
últimas, é importante ressaltar, que em 90% são peças de funilaria,
que não interfere na segurança na absorção de impacto, no conjunto
de dirigibilidade, não são pneus, amortecedores, pastilhas de
freio, disparo de airbags, cintos de segurança. Pois as peças de
reuso são para pequenos eventos”.
O produto começou a ser desenhado do
sinistro para cima, “ou seja, nós precisamos pré-selecionar
veículos que tenham fornecimento de peças em abundância para que o
seguro possa ser viável”. São aproximadamente 40 modelos de carro,
que tenham frota circulante real, que serão beneficiados pelo
Seguro Auto Popular”.
A Renova está disponível para segurado
de qualquer companhia. “Pensamos em parceria com outras
seguradoras, tanto que já estamos fechando com uma seguradora para
fazer o processamento da sua sucata. Hoje, qualquer pessoa pode
comprar peças da Renova, que já vende mais de R$ 1 milhão mês em
peças para o mercado em geral, que não é do seguro. Agora o Seguro
Popular é um mercado em potencial para a Renova”, finaliza
Garfinkel.