Em tempos de crise, a retenção de
talentos e a produtividade são palavras de ordem nas empresas.
Diante desta realidade, o oferecimento de um plano de saúde
que atenda às necessidades do corpo de colaboradores surge como
diferencial estratégico. De acordo com uma pesquisa recente
realizada pela Catho, consultoria de recrutamento, cerca de 74,6%
dos trabalhadores brasileiros elencam o benefício como o mais
importante, superando até a possibilidade de participação nos
lucros.
No entanto, muitas empresas penam
para encontrar um plano de saúde que agrade os funcionários e que
não impacte o orçamento de organização. Uma lista reúne dicas que,
certamente, irão auxiliar na escolha do plano ideal para o perfil
da empresa e colaboradores.
1. Avalie o perfil do
quadro de funcionários
Coletar dados dos colaboradores,
como, por exemplo, sexo, idade, local de moradia, entre outras
variáveis, é o primeiro passo a ser dado para uma empresa que está
a vias de contratar ou até mesmo de trocar o plano de saúde
empresarial. O levantamento fornecerá todo o embasamento para a
escolha do melhor produto para as respectivas necessidades e
demandas do corpo de colaboradores da organização.
2. Flexibilize os tipos de
cobertura
No caso de uma empresa que possua
um quadro funcional heterogêneo, o ideal é que a companhia
ofereça diferentes tipos de coberturas. Se a organização conta com
executivos que viajam com frequência a trabalho, é necessária a
contratação de um plano com abrangência nacional para esse grupo
específico. No entanto, o mesmo não é necessário para o restante do
quadro de funcionários que não realizam viagens de negócios.
3. Atenção para o reajuste
do contrato
Ao contrário dos planos
individuais, os planos empresariais não possuem o reajuste regulado
pela Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS). Os mesmos ocorrem
uma vez ao ano e são calculados de acordo com a inflação dos itens
médicos e do índice de sinistralidade, que medem o grau de
utilização do plano e servem para calcular o percentual de reajuste
das mensalidades do benefício. No momento da contratação, é
realizada uma meta de sinistralidade. Se o índice real ficar muito
acima do que foi estabelecido, o reajuste será calculado somando a
inflação mais o que ficou excedido da meta.
4. Fique de olho na
carência
Nos planos coletivos empresariais
com 30 participantes ou mais, a exigência do cumprimento de
carência não é permitida. Se o número for inferior a 30 pessoas,
será exigido cumprimento de carência de acordo com os prazos
máximos estabelecidos pela ANS.
5. Desenvolva campanhas de
uso consciente do plano
O uso consciente do plano é a chave
para evitar o aumento da sinistralidade e, consequentemente, o
encarecimento do valor pago pelo plano no ano seguinte. O que mais
onera os planos é a realização de consultas e exames
desnecessários. É preciso deixar isso bem claro, uma vez que o
aumento é algo que impactará a todos e não apenas aqueles que
fizeram o uso do plano em demasia.
6. Olhe para a
coparticipação
Coparticipação é um mecanismo no
qual o empregado assume o pagamento de uma parte do valor da
consulta ou do procedimento a ser realizado. É uma maneira de
conter custos sem alterar a rede ou o padrão de atendimento. Além
disso, o mecanismo funciona como um moderador de uso, evitando o
excesso de utilização indevida pelo segurado.
7. Invista em programas de
qualidade de vida e prevenção
Além de campanhas para a utilização
consciente do plano, logo após contratar o benefício empresarial,
vale a pena investir em medidas preventivas, que tenham como mote a
promoção da qualidade de vida e da saúde dos funcionários. Adotar
programas de nutrição saudável e de prevenção de DSTs (doenças
sexualmente transmissíveis), promover programas para ajudar os
colaboradores a abandonar o consumo do cigarro, são alguns exemplos
de ações. No médio e longo prazo, as medidas reduzem a
utilização do plano de saúde e, consequentemente, seu custo. No
entanto, apenas uma parcela pequena das empresas faz algo neste
sentido. A maioria das companhias não tem nenhum programa
estruturado na área e estão mais expostas ao crescimento dos gastos
com saúde e os impactos negativos deste benefício em seus
resultados.